Autoras hispânicas contemporâneas
Poucas literaturas contemporâneas são mais vibrantes e interessantes do que a produzida por mulheres hispânicas.
Poucas literaturas contemporâneas são mais vibrantes e interessantes do que a produzida por mulheres hispânicas. Aqui vão todas as que estou de olho. Se esqueci alguma importante, por favor, avisem nos comentários. Esse texto vai ser atualizado a medida que novas autoras forem sendo adicionadas. (Última atualização: 20jun25)
Só autoras vivas, com algumas exceções; que escrevem ou em espanhol ou em línguas hispânicas, como basco e catalão; sempre em ordem alfabética de sobrenome.
Quando existirem, dou o link para o audiolivro na Audible Brasil ou na Storytel Espanha. Sou entusiasta absoluto de áudiolivros. Especialmente em línguas tão próximas quanto português e espanhol, eles podem adicionar muito à experiência da leitura — além de serem uma excelente oportunidade de treinarmos nossos ouvidos para melhor entendermos nossas hermanas. (Para quem está insegura, sugiro ouvir em espanhol e acompanhar com a leitura da tradução brasileira.)
Cinco dessas estão confirmadas na FLIP 2025, organizada pela minha querida Ana Lima Cecílio: de la Cerda, Montero, Negroni, Reyes, Trabucco. Para quem quiser me encontrar, estarei a semana inteira na FLIP: vamos combinando. E leiam a maravilhosa newsletter de livros da Ana, A Lábia.
Esse texto eu escrevi basicamente para mim mesmo, para organizar minhas leituras. :) Sejam bem-vindas vocês também. E você? Concorda? Discorda? Quero de verdade saber sua opinião. Deixa um comentário?
Todos os links levam à Amazon Brasil e, se você comprar qualquer coisa por lá depois de clicar, eu ganho uma comissão, e fico muito, muito grato. Sim, mesmo se não for o ítem que clicou inicialmente. Pra facilitar, esse aqui é o link direto para as ofertas do dia em livros.
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Uma coisa que não gosto
A literatura contemporânea se tornou politicamente correta e não considero necessariamente ruim, não. (Já escrevi um texto em defesa do politicamente correto.)
Por exemplo, o melhor romance brasileiro do século XXI, Um defeito de cor, tem uma teoria estética absolutamente careta, no sentido que é um romanção realista que poderia ter sido escrito por José de Alencar em 1870, mas é, na prática, um romance subversivo, porque acompanha a vida de personagens com os quais Alencar simplesmente jamais se importou: pessoas pretas livres e escravizadas.
Então, nada contra as romancistas hispânicas contemporâneas falarem dos problemas sociais que afetam as mulheres hispânicas contemporâneas: o machismo, o racismo, a homofobia, a violência obstetrícia, o capacitismo, etc — a lista de outrofobias não tem fim. É o foco nesses assuntos a grande novidade da sua literatura em comparação às épocas passadas.
Mas tem algumas obras que incluem essas questões como quem vai ticando ítens numa lista, sem peso emocional, sem desenvolvê-los ficcionalmente, como se bastasse mencionar esses temas para escrever um romance politicamente relevante. Não vou apontar o dedo a nenhuma obra específica, mas, quando desgosto de algum romance contemporâneo, quase sempre é por esse bom-mocismo chato.
Já minhas obras preferidas são as que eu sinto que conseguiram retratar nossas grandes questões sociais contemporâneas na literatura.. de forma relevante, inovadora, potente.
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Vamos às listas.
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Autoras que gosto
(entre parênteses, a obra que li)
Teresa Cárdenas
Cuba foi a outra nação latino-americana tão marcada pela escravidão quanto o Brasil, então, é um celeiro natural para grandes romances sobre essa terrível nódoa. O meu preferido, de 1882, Cecília Valdés, top 10 de melhores romances da minha vida, ainda está inédito por aqui. O melhor entre os contemporâneos é essa pequena jóia, Cachorro velho, ganhadora do prêmio Casa de las Américas. Seu outro romance, Cartas para minha mãe, também é maravilhoso. Quero muito ler os contos de Awon Baba. (Cuba, 1970)
Rosa Montero
Rosa Montero talvez seja a mais veterana dessa lista, ao lado de Isabel Allende: tem 74 anos. Li A louca da casa faz décadas e me marcou muito, mas achei que era um livro para escritores. Ela parece ter voltado à moda e foi convidada para a FLIP. No Brasil, vejo as pessoas falando mais de seus ensaios autoficcionais, como A louca da casa, O perigo de estar lúcida (Storytel) e A ridícula ideia de nunca mais te ver (Storytel), mas confesso que o próximo livro dela que está na minha fila é a ficção Te tratarei como uma rainha (Storytel). (Espanha, 1951)
Carla Maliandi
Um romance fascinante sobre uma mulher que perde a memória. Afinal, quem somos? O que somos? O que faz de nós, nós? Estou curioso para ler seu primeiro romance, O quarto alemão. Ambos saíram no Brasil pela Moinhos, que tem um excelente catálogo de autoras hispânicas. (Argentina, 1976)
Pilar Quintana
Literatura, mar, cachorros estão entre as coisas mais importantes da minha vida, e são os três são tema desse livrinho duro, duríssimo, belíssimo. Spoiler: o livro começa com a protagonista se perguntando como pode alguém envenenar um cachorro e termina com ela matando violentamente a própria cachorra. O que poderia levá-la de um ponto a outro. Quero muito ler seu romance seguinte, Os abismos. (Audible) (Colômbia, 1972)
Raquel Robles
(Perder)
Só li um livro da autora, Perder, sobre a morte de um filho. Esse romance, que ganhou o Prêmio Clarín de 2008 e peguei ao acaso na estante de uma amiga, não é realmente bom e se perde de maneira imperdoável na segunda metade. Mas, ah, minhas amigas, a primeira metade sozinha já bastou para ele estar aqui na minha lista. Quero reler para conferir se melhorou com os anos. Ao lado de A Dor, de Marguerite Duras, é a maior e melhor expressão da dor, do luto, da agonia, na literatura. (Escrevi sobre Duras para o jornal Rascunho aqui.) (Argentina, 1971)
Alia Trabucco Zerán
Estou há anos brincando com escrever um romance sobre trabalho doméstico, então o tema naturalmente me atrai. Esse romance fala sobre violência e invisibilidade social. Na escravidão, José do Patrocínio dizia que quando um escravizado matava um sinhô era sempre legítima defesa. E hoje, quando uma empregada doméstica mata um patrão? (Chile, 1983)
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Sou fã absoluto
(entre parênteses, as obras que li)
Maria Fernanda Ampuero
(Sacrifícios humanos, Storytel; Rinha de galos, Storytel)
Os últimos anos estão vendo um florescer de uma certa literatura bruta, que flerta com o fantástico por um lado e com a crítica social por outro, escrita por jovens mulheres latino-americanas que, naturalmente, têm uma concepção bem diferente de “horror” do que os velhos homens brancos mortos. Nem sempre funciona, infelizmente. Tem muita escritora sem talento só ticando boxes de problemas sociais: feminicídio, check; violência obstetrícia, check, etc. São livros literalmente politicamente corretíssimos, mas sem alma. Não vou dar nomes das que não gosto, mas uma das minhas preferidas é Maria Fernanda Ampuero, equatoriana radicada na Espanha. Tudo o que ela escreve tem uma força, uma energia, que me arrepia. Anos depois de ler, alguns de seus contos de Sacrifícios humanos simplesmente não me saem da cabeça: “Biografía”, sobre uma imigrante que se mete numa roubada cinematográfica; “Creyentes”, sobre uma família rica, um grupo vasão de evangélicos e uma revolução; “Invasiones”, sobre um bairro rico que vai sendo progressivamente ocupado por pessoas mais pobres, etc etc. (Equador, 1976)
Mariana Enríquez
(As coisas que perdemos no fogo, Storytel; Perigos de fumar na cama, Storytel)
Apesar de adorar Ampuero, minha favorita absoluta nesse mesmo gênero é Enríquez. Não saberia dizer qual de seus dois livros de contos publicados no Brasil é o meu preferido. São ambos perfeitos: Os perigos de fumar na cama, de 2009, e As coisas que perdemos no fogo, de 2016. Os áudiolivros narrados por Mara Brenner são também especialmente sensacionais. Ouvi toda a obra de Enríquez na voz de Brenner e não consigo imaginá-la de outra maneira. Esse livro, por enquanto, só tem em espanhol, mas já tem áudiolivro em português do maravilhoso As coisas que perdemos no fogo e de seus dois romances, que ainda não li mas estão na fila: Nossa parte de noite, que parece ser sua obra-prima, e Este é o mar. Minha aula avulsa de janeiro de 2024 foi sobre ela, e você pode assistir aqui. (Argentina, 1973)
María Elena Morán
Morán mora no Brasil e é sócia de uma editora com Jeferson Tenório. Esse fascinante romance é sobre a jornada de uma neta em busca de uma avó internada em um sanatório em uma ilha isolado. Tudo é meio onírico, meio marítimo, meio selvagem. Compartilha da atmosfera de viagem ao outro lado que une romances como Os passos perdidos, de Carpentier, Voragem, de Rivera, e Coração das trevas, de Conrad. Quero ler seu romance seguinte, sobre a diáspora venezuelana. (Venezuela, 1985)
Irene Solà
(Te dei olhos e olhaste as trevas, Storytel)
É impossível descrever a força da prosa de Irene Solà em seus dois últimos romances, Te dei olhos e olhaste as trevas, que eu li, e Canto eu e a montanha dança (Storytel), que ainda quero muito ler. São histórias mágicas, mal-assombradas, com uma atmosfera ao mesmo tempo bruta e poética, povoadas de lobos famintos, homens bandoleiros e velhas feiticeiras. (Como não amar a epígrafe: “Parecia malvada, mas era somente velha”?) A Mundaréu está com um catálogo simplesmente imbatível e sou muito grato à editora Sílvia por ter trazido ao Brasil o Mircea Cartarescu e a Irene Solà. (Catalunha, 1990)
Camila Sosa Villada
(Malditas, Storytel; Sou uma tola por te querer, Storytel; Tese sobre uma domesticação, Namorada de Sandro, Viagem inútil)
Sosa Villada escreveu dois romances imperdíveis onde problematiza a condição trans na ficção por meio de seus dois extremos: em As malditas, pela subalternidade da prostituição, que ela de fato viveu, e, em Tese sobre uma domesticação, por uma posição de privilégio hoje apenas aspiracional e da qual ela, como autora celebrada, está se aproximando. Seu livro de contos, Sou uma tola por te querer, é tão bom quanto. Das poesias e dos ensaios, confesso que não gostei. Escrevi sobre sua obra para a Folha. (Argentina, 1982)
Irene Vallejo
(O infinito em um junco, Audible)
O infinito em um junco é uma pequena joia de perfeição: um livro sobre livros, sobre a cultura, sobre bibliotecas, sobre o ato de ler, íntimo e enciclopédico, respondendo todas as dúvidas que a gente nem sabia que tinha. O áudiolivro é parcialmente narrado por ela, o que é sempre uma delícia. Quero muito ler e ouvir seu romance ficção, El silbido del arquero, e seus outros livros de ensaios, El futuro recordado e Alguien habló de nosotros. Escrevi sobre a Irene pra Folha e, depois, a entrevistei para uma matéria na 451. É uma pessoa que eu sinceramente amo, com quem toda interação foi uma delícia. (Espanha, 1979)
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Não me empolgaram
(entre parênteses, a obra que li; reparem q algumas autoras eu insisti)
— Selva Almada (O vento que arrasa)
Gostei o suficiente para ainda querer ler mais um antes de desistir, ou Garotas mortas (Audible) ou Ladrilleros (Audible).
— Gabriela Cabezón Camara (As aventuras da China Iron)
O Martín Fierro é o clássico mais canônico da literatura argentina, muito mais do que, digamos, o Dom Casmurro para nós. É um livro maravilhoso, mas, de fato, machista, racista, violento, o horror!, o horror! (Escrevi esse texto sobre o racismo no Martin Fierro.) As aventuras da China Iron se propõe a ser uma versão feminina, originária, decolonial do Martín Fierro. Gosto tanto do Martín Fierro, tinha tanta coisa maravilhosa que dava pra ter sido feita explorando as entrelinhas do texto, foi uma decepção tão grande, sei lá, ainda não me recuperei. Em tempo: tenho afeto pelo texto, mas não sou tolerante com seus horrores não.
— Dahlia de la Cerda (Cadelas de aluguel)
Os primeiros contos não me pegaram, mas ainda não acabei a leitura.
— Liliana Colanzi (Vocês brilham no escuro)
Alguns contos com elementos interessantes, especialmente o primeiro, mas, no fim das contas, não saí impressionado.
— Margarita García Robayo (Coisas piores)
Não achei especialmente ruim, mas também não achei especialmente bom. Sei lá, os contos me pareceram banais, chatinhos. Não fiquei interessado em ler mais obras da autora.
— Karmele Jaio (As mãos da minha mãe, A casa do pai)
Li ambos para uma resenha que acabei decidindo não escrever, pois não tive nada de bom para falar sore nenhum dos dois, e prefiro não detonar ficção contemporânea, se puder evitar.
— Layla Martínez (Cupim)
Gostei da narrativa em si, do clima, da atmosfera, mas a leitura me travou várias vezes, até que abandonei. Ainda quero dar uma nova olhada.
— Sara Mesa (A família)
Fiquei meio entediado com a história da família esquisita, mas ainda quero ler/ouvir Um amor (Storytel)
— María Negroni (Coração do dano)
A mistura das partes sentimentais e intelectuais me pareceu promissora, mas acho que a liga não funcionou: as partes sentimentais não me emocionaram, as partes intelectuais não me fascinaram.
— Dolores Reyes (Cometerra, Miséria)
A premissa é interessantíssima, mas achei a execução meio aleatória. Em um dado momento, os personagens passam dois capítulos jogando videogame e eu quase morri, mas, sim, era inevitável. O segundo livro, Miséria, achei ainda mais perdido. No fundo, o problema é que nenhum dos três protagonistas é minimamente interessante.
— Luciana Strauss (Entidade)
Não aguento mais livros propositalmente chatos sobre gente chata em ambientes chatos. A literatura tem que ser interessante.
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Ainda falta ler, mas quero
(entre parênteses, a obra que tenho e/ou provavelmente lerei; quando disponível, linko o áudiolivro)
— Isabel Allende (Casa dos espíritos, Audible)
Sinto que é uma lacuna imperdoável nas minhas leituras.
— Sara Barquinero (Escorpiones, Audible)
Já ouvi os elogios mais rasgados a esse livro, dos leitores mais críticos. O problema é ser enorme, quase mil páginas.
— Agustina Bazterrica (Cadáver saboroso, Storytel)
— Daniela Catrileo (Chilco)
Parte da nova literatura chilena sobre as questões dos Povos Originários.
— Aixa de la Cruz (Mudar de ideia) (Audible: Las herederas, Todo empieza con sangre)
— Nona Fernández (Mapocho, Audible; Nona dimensão, Audible)
— Sara Gallardo (Janeiro, Eisejuaz)
— Inés Garland (Pedra, papel, tesoura) (Audible: Una vida más verdadera; Con la espada de mi boca)
— Vera Giaconi (Entes queridos)
— Angélica Gorodischer (Kalpa imperial; Trafalgar, Audible)
Única autora falecida da minha lista, e também a única de ficção científica e fantasia. Só ouço maravilhas sobre esses dois livros, muito empolgado para ler.
— Ariana Harwicz (Morra, amor)
Só as capas já bastariam para colocar seus livros na minha fila de leituras.
— Brenda Lozano (Bruxas, Audible)
— Valeria Luiselli (História dos meus dentes, Storytel)
— Dainerys Machado Vento (Noventa Havanas)
Amo Cuba acima de todos os países hispânicos, e nos tem chegado cada vez menos literatura de lá.
— Fernanda Melchor (Temporada de furacões, Audible)
Só ouço coisas boas.
— Lina Meruane (Sistema nervoso, Audible)
— Silvia Moreno-García (Gótico, Audible)
— Cristina Morales (Leitura fácil, Storytel)
A empolgação que esse livro desperta ecoa Solenoide, que saiu no Brasil pela mesma Mundaréu. Quero muito ler.
— Brenda Navarro (Casas vazias, Storytel; Cinzas na boca, Storytel)
— Monica Ojeda (Mandíbulas, Storytel; Voladoras, Storytel; Xamãs elétricos na festa do sol, Audible) https://amzn.to/4neoEvM
— Romina Paula (Agosto)
— Ana Elena Pena (Aquelarre de muñecas)
— Lucía Puenzo (Invisíveis)
— Solange Rodríguez Pappe (La primera vez que vi un fantasma, Audible)
— Mariana Sandéz (Algumas famílias normais) (Storytel: Una casa llena de gente; La vida en miniatura)
— Marta Sanz (Black, black, black) (Storytel: Pequeñas mujeres rojas)
— Samanta Schweblin (Pássaros na boca, Audible; Distância de resgate, Storytel) (Storytel: Siete casas vacías; El buen mal)
Outra autora da qual só ouço os mais rasgados elogios.
— Sara Torres (Lo que hay, Audible)
— Fernanda Trías (Gosma rosa) (Storytel: La ciudad invencible; La azotea)
— Elaine Vilar Madruga (Tirania das moscas, Storytel)
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Minhas melhores listas literárias
40 livros escritos por mulheres, escolhidos por Elena Ferrante e comentados por mim
8 poetas (que seriam) preferidos... se eu conseguisse ler no original
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Próximas atividades
Qua, 25jun: aula, Prisão Empatia
Domingo, 6jul: Conversa livre, Manuscrito encontrado em Saragoça, Abertura do curso Grande Conversa Romance
Domingo, 13jul: Boteco das mecenas, piquenique não-monogamia
Quarta, 16jul: aula, Viagens, Grande Conversa Medieval
Quarta, 23jul: aula zero, Manuscrito encontrado em Saragoça, Grande Conversa Romance
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Grande conversa romance: um ano para ler seis romances perfeitos
O curso Grande conversa romance: um ano para ler seis romances perfeitos vai começar em agosto de 2025. Um mergulho profundo em alguns dos maiores e mais perfeitos romances da literatura mundial.
Dois meses para cada livro (três para Guerra e paz): um encontro livre para conversar sobre a leitura no primeiro domingo de cada mês e uma aula expositiva ao final dos dois meses, ambos no Zoom, e muito bate-papo literário todo dia no Whatsapp.
Ninguém precisa de ajuda para ler os livros fáceis e curtos. A ideia do curso é ajudar vocês a lerem aqueles livrões que, talvez, estavam adiando ler a vida inteira e, quem sabe, ajudá-los também a encontrar novos livrões legais.
Leremos só grandes livros, um romance em cada uma das principais línguas literárias ocidentais. Abaixo, a lista completa, em ordem cronológica. Os links já levam à edição recomendada.
1 Moby Dick, inglês, 1851 (agosto & setembro 2025)
2 Os miseráveis, francês, 1862 (outubro & novembro 2025)
3 Guerra e paz, russo, 1867 (dezembro 2025, janeiro & fevereiro 2026)
4 Grande sertão: veredas, português, 1956 (março & abril 2026)
5 Cem anos de solidão, espanhol, 1967 (maio & junho 2026)
6 Tetralogia napolitana, italiano, 2015 (julho & agosto 2026)
O precursor polonês Manuscrito encontrado em Saragoça (1815) só não abriu o curso por não ter tradução em catálogo no Brasil, mas eu recomendo enfaticamente, seja no original em francês, em inglês, em espanhol, ou em português de Portugal. Para quem quiser, teremos uma aula zero sobre esse livro em julho.
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Grande Conversa: Romance, Calendário
Dom, 6jul25, 16h: Conversa livre, Manuscrito encontrado em Saragoça, Abertura do curso
Qua, 23jul25, 19h: aula zero, História do Romance e Manuscrito encontrado em Saragoça
Dom, 10ago25, 16h: Conversa livre, Moby Dick
Dom, 14set25, 16h: Conversa livre, Moby Dick
Qua, 24set25, 19h: aula 1, Moby Dick
Dom, 5out25, 16h: Conversa livre, Os miseráveis
Dom, 9nov25, 16h: Conversa livre, Os miseráveis
Qua, 26nov25, 19h: aula 2, Os miseráveis
Dom, 7dez25, 16h: Conversa livre, Guerra e paz
Dom, 1fev26, 16h: Conversa livre, Guerra e paz
Qua, 25fev26, 19h: aula 3, Guerra e paz
Dom, 1mar26, 16h: Conversa livre, Grande sertão: veredas
Dom, 12abr26, 16h: Conversa livre, Grande sertão: veredas
Qua, 29abr26, 19h: aula 4, Grande sertão: veredas
Dom, 10mai26, 16h: Conversa livre, Cem anos de solidão
Dom, 14jun26, 16h: Conversa livre, Cem anos de solidão
Qua, 24jun26, 19h: aula 5, Cem anos de solidão
Dom, 5jul26, 16h: Conversa livre, Tetralogia napolitana
Dom, 2ago26, 16h: Conversa livre, Tetralogia napolitana
Qua, 26ago26, 19h: aula 6, Tetralogia napolitana
Castro, você e a @Ana Lima Cecilio estão só aumentando a minha conta nas livrarias hehehehe, por favor, continuem!!!! Em tempo: amo a Camila Sosa e a Mariana Enriquez 🌹❤️
Fiquei esperando a Samanta Schweblin na lista principal!! Kentukis e o mais recente de contos dela são maravilhosos