Tenho refletido muito sobre como a esquerda perdeu seu potencial proposicional. Por óbvio que não defendo a virada fascista que estamos vivendo. Contudo, percebo claramente que a extrema direita tem tido muito mais sucesso em capturar a frustração que existe na sociedade e canalizar ela pros seus fins. Uma coisa é certa: a maneira como as coisas se estruturam já não faz mais sentido e não tem sido capaz de sequer manter um horizonte que as pessoas almejem. Por exemplo: defendo a não precarização do trabalho. Mas se falarmos apenas assim, as pessoas vão entender que estamos defendendo trabalho CLT com jornadas extenuantes, ambientes de trabalho abusivos e salários baixos. O que se deveria defender é não apenas a manutenção da CLT mas também a criação de empregos qualificados, que remunerem as epssoas pra além do mínimo, que sejam estáveis etc. Duvido que exista alguém que realmente almeje trabalhar até morrer e nem se aposentar. Cabe a nós propor e construir algo que realmente seja voltado a garantir de verdade a dignidade das pessoas
Sem sombra de dúvidas, o acordo MEC -USAID tem seus efeitos colaterais deletérios até hoje. Ele foi um dos pilares para a Ditadura Militar no Brasil com seu caráter ideológico de que o ensino deveria ser muito mais técnico e profissionalizante do que reflexivo. A universidade na qual me formei, a UFV, foi uma das pontas de lança para a implantação do ensino das Ciências Agrárias voltadas para o agronegócio, as monoculturas e os latifúndios. Eu particularmente acho ótimo que o USAID tenha seu fim, meu medo é que seja implantada uma instituição pior ainda.
A sua menção ao USAID me fez lembrar mais uma vez de ler o livro As universidades e o regime militar de Rodrigo Patto de Sá Motta, que estranhamente nunca entra em promoções de livros. Ele fala da parceria entre o MEC e o USAID para reformar as grades curriculares das universidades federais brasileiras.
Tenho refletido muito sobre como a esquerda perdeu seu potencial proposicional. Por óbvio que não defendo a virada fascista que estamos vivendo. Contudo, percebo claramente que a extrema direita tem tido muito mais sucesso em capturar a frustração que existe na sociedade e canalizar ela pros seus fins. Uma coisa é certa: a maneira como as coisas se estruturam já não faz mais sentido e não tem sido capaz de sequer manter um horizonte que as pessoas almejem. Por exemplo: defendo a não precarização do trabalho. Mas se falarmos apenas assim, as pessoas vão entender que estamos defendendo trabalho CLT com jornadas extenuantes, ambientes de trabalho abusivos e salários baixos. O que se deveria defender é não apenas a manutenção da CLT mas também a criação de empregos qualificados, que remunerem as epssoas pra além do mínimo, que sejam estáveis etc. Duvido que exista alguém que realmente almeje trabalhar até morrer e nem se aposentar. Cabe a nós propor e construir algo que realmente seja voltado a garantir de verdade a dignidade das pessoas
pessoas.
Sem sombra de dúvidas, o acordo MEC -USAID tem seus efeitos colaterais deletérios até hoje. Ele foi um dos pilares para a Ditadura Militar no Brasil com seu caráter ideológico de que o ensino deveria ser muito mais técnico e profissionalizante do que reflexivo. A universidade na qual me formei, a UFV, foi uma das pontas de lança para a implantação do ensino das Ciências Agrárias voltadas para o agronegócio, as monoculturas e os latifúndios. Eu particularmente acho ótimo que o USAID tenha seu fim, meu medo é que seja implantada uma instituição pior ainda.
Linda foto!
A sua menção ao USAID me fez lembrar mais uma vez de ler o livro As universidades e o regime militar de Rodrigo Patto de Sá Motta, que estranhamente nunca entra em promoções de livros. Ele fala da parceria entre o MEC e o USAID para reformar as grades curriculares das universidades federais brasileiras.