Toda certeza é uma hipótese
Minhas verdades e certezas não são nem verdades, nem certezas, nem minhas, mas hipóteses de trabalho q vou testando e retestando, confirmando ou descartando.
Está começando em agosto uma nova turma do Curso das Prisões. (Inscrições só até 15 de agosto!) E as grandes questões que tentaremos responder são:
Como ser individualista sem virar o rosto ao coletivo?
Como pensar coletivamente sem perder a individualidade?
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A primeira Prisão no nosso percurso é a Verdade. A segunda, a Religião.
Abaixo, um trechinho da conclusão da Prisão Verdade., já fazendo o link com a Prisão Religião. Nossa primeira conversa livre, sobre a Prisão Verdade, acontece no domingo, 18 de agosto de 2024, e a aula, na quarta, 21.
Mas, antes, um aviso importante.
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Curso das Prisões: nova turma começando em agosto de 2024
Os textos das Prisões, que venho escrevendo e reescrevendo, desenvolvendo e corrigindo há 22 anos, talvez sejam a grande obra da minha vida. Agora, em agosto de 2024, vai começar uma nova turma do Curso das Prisões e gostaria muito de ter você lá comigo. Não tem leituras, mas tem muita conversa, debates, reflexões, pensamentos. Na ementa, eu explico o que são As Prisões, uma por uma: Verdade, Religião, Classe, Patriotismo, Respeito, Trabalho, Autossuficiência, Monogamia, Liberdade, Felicidade, Empatia; e também explico detalhadamente como vai ser o curso. Vem comigo?
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Toda Verdade é uma hipótese
O antídoto para a Prisão Verdade é manter sempre em mente que todas as verdades e certezas que vou tornando minhas não são nem verdades, nem certezas, nem minhas, mas hipóteses de trabalho, fruto de uma inteligência coletiva, avalizadas por experts. São teorias, que vou testando e retestando, confirmando e descartando.
Descartes tinha uma confiança em sua racionalidade que nós, no século XXI, para bem ou para mal, já não temos. Seu método cartesiano de ceticismo sistemático ainda me parece eminentemente válido — de fato, necessário — tanto que escolhi abrir o Livro das Prisões com ele. Mas, sim, precisa ser matizado.
Para Descartes, a razão humana era um dom de Deus, um pedaço da sabedoria divina colocada em nós para que pudéssemos melhor compreender esse universo criado por Deus para nosso usufruto. Em teoria, nada, no livro da vida criado por Deus para nós, estaria fora do alcance do nosso entendimento.
De lá pra cá, muita gente trabalhou duro para nos escorraçar desse pedestal. Até pouco tempo atrás, era autoevidente que nossa razão servia para apreendermos corretamente a realidade e resolvermos problemas. Em teoria, a evolução teria favorecido os seres humanos mais inteligentes, melhores em apreender a verdade do mundo e em resolver seus desafios. Cada vez mais, entretanto, novos estudos indicam que nossa razão é muito mais social do que lógica, muito mais coletiva do que individual.
Como conciliar, então, um método filosófico individual, como o de Descartes, com nossa inteligência necessariamente coletiva e social? Todo o Livro das Prisões estará sempre dançando no fio dessa navalha: como ser individualista sem virar o rosto ao coletivo?, como pensar coletivamente sem perder nossa individualidade?
O ceticismo, esse individualismo filosófico levado ao extremo, pode facilmente virar uma prisão. As pessoas se tornam terraplanistas não por serem crédulas que acreditam em tudo (se fossem, “acreditariam” na narrativa da terra redonda sem pensar duas vezes) mas por serem céticas que, talvez até aplicando o método cartesiano, não confiam nessa “sabedoria imposta pelos experts” e “tomam posse do conhecimento”. Paradoxalmente, portanto, são as pessoas mais céticas e mais cínicas que tendem a se tornar as maiores crédulas e ingênuas.
Para bem ou para mal, não há como fugir ao fato de que somos uma espécie gregária. Nosso maior diferencial, enquanto espécie, não é nem nossa inteligência, nem nossa linguagem, nem mesmo nosso polegar opositor, mas nossa capacidade de trabalhar juntos em equipe. Pelo contrário, nossa inteligência, nosso polegar opositor, até mesmo nossa linguagem, foram selecionados evolutivamente pois favoreciam maior coesão social. Nossa inteligência se desenvolveu não para “descobrir a verdade” ou “resolver problemas lógicos”, mas sim para convencer e agradar as outras pessoas do nosso grupo. Nossa linguagem se desenvolveu não para “gritar comandos” ou “descrever o mundo”, mas sim para fofoca, networking e autopromoção. (Sobre isso, recomendo Grooming, Gossip, and the Evolution of Language, de Robin I.M. Dunbar, 1996.)
Na Prisão Autossuficiência, desenvolverei esses temas, mas uma lição já pode ser antecipada: não podemos escolher não sermos pautadas por nossos grupos, mas podemos (em larga medida) escolher em qual grupo queremos estar. Quem tem amigas fumantes ou vegetarianas já está, para bem ou para mal, a meio caminho de se tornar fumante ou vegetariana. Não existe inteligência individual: nossa inteligência é coletiva e reside fora de nós, terceirizada em nossos amigos, familiares, parentes. Em nosso grupo, enfim.
Uma pessoa terraplanista não é necessariamente mais burra ou mais crédula do que uma “terrabolista”: apenas escolheu confiar em experts diferentes. Todas nós confiamos em experts que nos certificam da “verdade” de uma série de conhecimentos que jamais teríamos como comprovar empiricamente. (Os conhecimentos que temos como comprovar e tornar nossos são uma fração minúscula.) Então, de certo modo, a decisão mais importante da vida é: Qual grupo escolheremos para pautar nossas vidas, nossos hábitos, nossas verdades? Em quais experts confiaremos para terceirizar nossos conhecimentos?
Ao escolher ler esse livro e não outro, você está permitindo que minhas palavras e pensamentos te influenciem de maneiras completamente inesperadas que nem eu nem você podemos prever. Tem certeza que quer mesmo fazer isso? Foi uma decisão consciente ou pegou esse livro a esmo? Se você ler o livro todo, talvez não consiga evitar de se deixar influenciar por mim. Mas a decisão de largar o livro agora ainda está nas suas mãos.
Ao aplicar o método cartesiano de Descartes na minha vida, tento manter sempre em mente que todas as verdades e certezas que vou tornando minhas não são nem verdades, nem certezas, nem minhas, mas hipóteses de trabalho, fruto de uma inteligência coletiva, avalizadas por experts. São teorias, que vou testando e retestando, confirmando e descartando.
Afinal, o próprio Buda disse que não veio para ensinar doutrinas nem verdades, mas um método prático, que qualquer pessoa podia testar, praticar, descartar. (Esse aliás foi um dos aspectos mais revolucionários do seu ensinamento: que essa cura do sofrimento poderia ser realizada pelas próprias pessoas humanas, sem necessidade de intervenção divina.) Mais importante, ele defendia que seu ensinamento era como uma canoa: poderia ser muito útil para atravessar um rio, mas, depois do rio atravessado, sair carregando-a pela terra firme poderia ser mais oneroso do que positivo. As verdades, às vezes, por mais úteis que tenham sido, precisam ser descartadas depois de utilizadas.
Essa inteligência coletiva, terceirizada fora de nós, também pode ser chamada de “ideologia”: são as lentes pelas quais enxergamos o mundo, apreendemos a verdade, decidimos nosso caminho. Dependendo das lentes, entretanto, podemos não estar enxergando todos os caminhos possíveis. Não temos escolha de enxergar o mundo a não ser por essas lentes, mas podemos pelo menos tentar enxergar as lentes.
A Prisão Religião, continuação necessária da Prisão Verdade, é uma tentativa de enxergamos as lentes através das quais enxergamos, ou tentamos enxergar, nossas verdades.
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O Curso das Prisões
Todo primeiro domingo do mês, às 19h, teremos uma conversa livre no Zoom, que não ficará gravada, para darmos o pontapé inicial nas discussões sobre a Prisão do mês. (A primeira acontece domingo agora, 4 de agosto, sobre a Prisão Verdade.) É um espaço mais íntimo, para trocarmos, compartilharmos, ouvirmos experiências sobre como essa Prisão específica afeta nossas vidas.
Depois, ao longo do mês, continuamos as conversas, trocando links e textos, no grupo de Whatsapp. Não tem leituras: é papo e pensamento.
Por fim, na terceira quarta-feira do mês, também às 19h, eu dou uma aula tentando juntar todas as minhas leituras, responder às principais dúvidas e questões de vocês, amarrar a teoria com a prática. Essas aulas acontecem ao vivo no Zoom e depois ficam disponíveis indefinidamente em um grupo privado no Facebook. (A primeira aula acontece na quarta, 21 de agosto, sobre a Prisão Verdade.)
O curso, como tudo que eu faço, será exclusivo para mecenas do plano CURSOS, que custa R$88 por mês e dá acesso não só a textos exclusivos e descontos em todos os meus livros e eventos, mas também a todos os meus cursos, passados, presentes, futuros, enquanto durar o seu apoio.
Para saber mais, confira a ementa completa, ou compre agora. :)
Abaixo, tem mais detalhes.
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O Curso das Prisões
Um curso para nos libertar até mesmo da busca pela liberdade. O que está em jogo é nossa vida.
As inscrições para a nova turma (2024/25) já estão abertas, até 15 de agosto. As aulas começam no dia 21 de agosto.
Curso em resumo
Curso de filosofia prática, com ênfase em liberdade pessoal e consciência política: como viver uma vida mais livre e significativa sem virar o rosto ao sofrimento do mundo. // As Prisões: Verdade, Religião, Classe, Patriotismo, Respeito, Trabalho, Autossuficiência, Monogamia, Liberdade, Felicidade, Empatia // Sem leituras, com muita conversa, debate, polêmica. // Um tema por mês, durante onze meses: uma conversa livre, no 1º domingo, e uma aula, na 3ª quarta-feira. // Encontros e aulas ao vivo via Zoom; aulas gravadas via Facebook; grupo de discussão no Whatsapp. // R$88 mensais, no Apoia-se, por todos os meus cursos. Compre agora.
O que são As Prisões
As Prisões são as bolas de ferro mentais e emocionais que arrastamos pela vida: as ideias pré-concebidas, as tradições mal explicadas, os costumes sem sentido: Verdade, Religião, Classe, Patriotismo, Respeito, Trabalho, Autossuficiência, Monogamia, Liberdade, Felicidade, Empatia.
O que chamo de As Prisões são sempre prisões cognitivas: armadilhas mentais que construímos para nós mesmas, mentiras gigantescas que nunca questionamos, escolhas hegemônicas que ofuscam possíveis alternativas.
A Monogamia, por exemplo, é uma prisão não porque seja ruim ou desaconselhável em si, mas porque se apresenta como sendo a única opção concebível de organizar nossos relacionamentos, consignando todas as outras alternativas à imoralidade, à falta de sentimentos, ao fracasso: “relacionamento aberto não funciona, é coisa de quem não ama de verdade”.
A Felicidade é uma prisão não porque seja ruim ou desaconselhável em si, mas porque se apresenta como sendo a única opção de fim último para nossas vidas, consignando todas as outras alternativas à condição de suas coadjuvantes e dependentes: “não é que o seu fim último seja ser virtuosa, mas você quer ser virtuosa para ser feliz, logo o seu fim último é ser feliz”.
Quem está “presa” na Prisão Monogamia não é a pessoa que fez a escolha livre e consciente de viver relacionamentos monogâmicos, mas sim aquela que, por ignorar a opção de não fazer isso, por nunca ter percebido a verdadeira gama de diferentes alternativas que lhe estavam abertas, vive relacionamentos monogâmicos por default, como se essa fosse a única possibilidade concebível. Sua prisão (cognitiva) não é viver a Monogamia, mas ignorar a realidade que existe além dela.
Quem está “presa” na Prisão Felicidade não é a pessoa que fez a escolha livre e consciente de colocar sua própria felicidade individual como fim último de sua vida, mas sim aquela que, por ignorar a opção de não fazer isso, por nunca ter percebido a verdadeira gama de diferentes alternativas que lhe estavam abertas, busca sua própria felicidade por default, como se essa fosse a única possibilidade concebível. Sua prisão (cognitiva) não é buscar a Felicidade, mas ignorar a realidade que existe além dela.
Cada uma das Prisões, da Verdade à Empatia, do Trabalho à Felicidade, é sempre, antes de mais nada, uma prisão cognitiva, uma percepção incompleta da realidade. Por trás de todas as Prisões está sempre a mesma inimiga: a ignorância.
Funcionamento
Como toda Prisão é uma verdade tão inquestionável que nos impede de perceber outras alternativas, nossas aulas começam sempre por analisá-la e desconstruí-la, para entender como nos limitam, e podermos então enxergar as alternativas que ela esconde.
Cada mês será dedicado a uma Prisão.
No 1º domingo do mês, às 19h, damos início às discussões com uma conversa livre no Zoom. Não é uma aula expositiva, mas uma sessão de troca e de escutatória. Sem a interlocução de vocês, sem ouvir como essa prisão afetou as suas vidas, eu não teria nem como começar a pensar a aula. Aqui, tudo é prático, nada é teórico. O que está em jogo são nossas vidas.
Ao longo do mês, continuamos conversando sobre essa Prisão em nosso grupo do Whatsapp, trocando histórias e experiências. Para quem quiser, vou compartilhando as leituras que estou fazendo sobre o tema, mas nenhuma leitura é obrigatória, nem necessária para a compreensão da aula.
Na terceira quarta-feira do mês, às 19h, fechamos as discussões com uma aula, também pelo Zoom. Essa aula será expositiva, mas também teremos bastante espaço para debates e conversas.
Aulas gravadas indefinidamente
A gravação em vídeo das aulas expositivas fica disponível em um grupo fechado do Facebook. (É preciso se inscrever no Facebook para ter acesso ao grupo) Mas, juridicamente falando, como não posso garantir “indefinidamente”, garanto que as aulas estarão acessíveis às compradoras do curso, se não no Facebook em outro lugar, no mínimo até 31 de dezembro de 2027. As conversas livres, por serem mais pessoais, não ficam gravadas: são só para quem vier ao vivo. As aulas gravadas só estarão disponíveis para as mecenas do plano CURSOS enquanto durar o apoio. Você pode cancelar seu plano de mecenato a qualquer momento, mas aí perde acesso aos cursos.
Sem leituras
O Curso As Prisões não é um curso de leituras: nenhuma leitura é obrigatória ou recomendada. É um curso de conversas livres e de trocas de experiências, de escutatória e de debates, de reflexão sobre nossas vidas e sobre como viver.
Para cada Prisão, eu listo uma pequena bibliografia, para que vocês saibam quais livros eu utilizei na preparação da aula e para que possam correr atrás das leituras que mais lhes interessem.
Mas não precisa ler nada para participar das aulas, das conversas, das trocas, das discussões.
Sejam as primeiras leitoras do Livro das Prisões
O Livro das Prisões foi contratado pela Rocco em 2017 e eu ainda não consegui escrever. Um de meus objetivos para esse curso é, com a inestimável ajuda da interlocução de vocês, finalmente terminar o livro. Então, junto com a aula, também pretendo disponibilizar o texto dessa Prisão em sua versão final, já pronta para publicar. Todas as alunas do curso serão citadas nos agradecimentos do livro, pois ele certamente nunca teria sido escrito sem a participação de vocês. Já de antemão, agradeço.
Professor
Alex Castro é formado em História pela UFRJ com mestrado em Letras-Espanhol por Tulane University (Nova Orleans, EUA), onde também ensinou Literatura e Cultura Brasileira. Tem oito livros publicados, no Brasil e no exterior, entre eles A autobiografia do poeta-escravo (Hedra, 2015), Atenção. (Rocco, 2019) e Mentiras Reunidas (Oficina Raquel, 2023). Escreve sobre literatura para a Folha de S.Paulo, 451, Suplemento Pernambuco e Rascunho. Atualmente, é mestrando do PPGLEN (Programa de Pós-Graduação em Letras Neolatinas), da UFRJ.
Meus votos zen-budistas
Pratico zen budismo há dez anos. Todo dia, pela manhã, refaço meus votos: os quatro votos do Bodisatva e os três votos dos pacificadores zen.
Basicamente, eu me comprometo a ajudar as pessoas a 1) se libertarem, 2) enxergarem as ilusões que as limitam, 3) perceberem a realidade em sua plenitude e, assim, 4) agirem no mundo de acordo com essa percepção. E me proponho a fazer isso a partir de 1) uma posição de não-saber, me abrindo às novas situações sem certezas prévias, 2) estando presente de forma plena a cada interação humana, sem virar o rosto nem à dor nem à alegria, e 3) agindo amorosamente.
Esse curso é minha humilde tentativa de agir no mundo de acordo com meus votos. De ajudar as pessoas, minhas alunas e minhas leitoras, a enxergarem suas prisões, se libertarem delas, perceberem a realidade e agirem amorosamente no mundo, questionando suas certezas e nunca virando o rosto nem à dor nem à alegria das outras pessoas.
Dar esse curso, portanto, é minha prática religiosa. Se eu tiver algum sucesso em caminhar ao lado de vocês nesse percurso, minha vida terá sido uma vida bem vivida, e sou grato por tê-la vivido.
Os Quatro Votos do Bodisatva: As criações são inumeráveis, faço o voto de libertá-las; As ilusões são inexauríveis, faço o voto de transformá-las; A realidade é ilimitada, faço o voto de percebê-la; O caminho do despertar é insuperável, faço o voto de corporificá-lo.
Os três votos da Ordem dos Pacificadores Zen: Praticar o não saber, abrindo mão de certezas prévias; Estar presente na alegria e no sofrimento, não virando o rosto à dor alheia; Agir amorosamente, de acordo com essas duas posturas.
Compre
O Curso das Prisões é exclusivo para as mecenas dos planos CURSOS ou MIDAS do meu Apoia-se.
Para fazer o curso completo (11 aulas expositivas + 11 encontros livres + grupo no Facebook + grupo de Whatsapp):
R$88 mensais, via Apoia-se: comprando o plano Mecenas CURSOS (ou superior), você tem acesso a todos os meus cursos enquanto durar o seu apoio, além de ganhar muitas outras recompensas, como textos e aulas avulsas exclusivas. Como bônus, coloco seu nome na lista das mecenas. Você pode cancelar o seu plano a qualquer momento, mas aí perde acesso aos cursos. (O Apoia-se aceita todos os cartões de crédito e boleto).
Não são vendidas aulas individuais. Não existem outras formas de pagamento. Quem estiver no estrangeiro e não tiver cartão de crédito ou conta bancária brasileira, fale comigo: eu@alexcastro.com.br
Dúvidas
Somente por email: eu@alexcastro.com.br
Aulas em resumo
Links levam para a descrição da aula nessa página.
Verdade (agosto 24)
Religião (setembro 24)
Classe (outubro 24)
Patriotismo (novembro 24)
Respeito (dezembro 24)
Trabalho (janeiro 25)
Autossuficiência (fevereiro 25)
Monogamia (março 25)
Liberdade (abril 25)
Felicidade (maio 25)
Empatia (junho 25)
Convencida?
Dúvidas
Somente por email: eu@alexcastro.com.br
Linguagem não-sexista
Em meus textos, para chamar atenção para o sexismo de nossa língua, inverto a norma e uso o feminino como gênero neutro. Não porque troquei um sexismo por outro, mas porque o gênero da palavra “pessoa” é feminino.
Trocar “meus alunos não calam a boca” por “minhas alunas não calam a boca” só mantém o sexismo da língua. Pior: sugere que são apenas as minhas alunas mulheres que não calam a boca.
Por isso, hoje, digo “minhas pessoas alunas não calam a boca.” Essa tem sido, pra mim, a maneira não-sexista de escrever.
Mais detalhes aqui: Mini manual pessoal para uso não-sexista da língua.
Calendário de aulas e atividades para 2024
1º domingo, 19h: Conversa livre Curso As Prisões (a partir de agosto)
2ª quarta-feira, 19h: Aula avulsa para Mecenas
3ª quarta-feira, 19h: aula Curso As Prisões (a partir de agosto)
Último domingo, 19h: Piquenique não-monogamia
Última quarta-feira, 19h: aula Grande Conversa Medieval