A alteridade radical da literatura antiga
Ler literatura antiga é justamente o que nos salva da condescendência de achar que somos a medida de todas as pessoas de todas as épocas.
Ler literatura antiga faz transbordar em mim um profundo sentimento de união e pertencimento com todas as pessoas que calharam em estar vivas comigo na mesma época que eu.
(Meu curso para 2024 será a Grande Conversa Medieval. Mas… por que ler literatura medieval?, você se perguntaria. Bem, é isso que vou tentar responder abaixo. :) O curso será somente para mecenas mas, para quem quiser, estou vendendo o curso completo, à vista, no pix, só até 15 de dezembro de 2023. Hoje, quarta, 13 de dezembro, 19h, tem a aula avulsa de dezembro, onde vou expandir as ideias aqui desse texto, falar especificamente de literatura medieval e apresentar meu curso de 2024, Grande Conversa Medieval. Venham! O link estará no chat do Apoia-se e nos grupos do zap.)
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Vale a pena o esforço de ler a literatura do Outro
Hoje, já concordamos que é sempre melhor expandir nosso leque de leituras. Ao invés de ler só homens, também mulheres; ao invés de só pessoas brancas, também pretas; ao invés de só ocidentais, também pessoas de outras tradições e culturas, etc.
Mas, estranhamente, a maioria das pessoas literatas que conheço somente lê literatura contemporânea. Quando muito, um ou outro livro do século XIX e olhe lá. E, quando ouso defender que deveríamos ler mais “literatura velha”, ficam defensivas, como se eu fosse um velho reacionário defendendo as obras ultrapassadas de homens brancos mortos.
Então, deixa eu tentar articular a questão em termos de alteridade.
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A literatura contemporânea pode nos deixar condescendentes
Sim, literatura contemporânea é importantíssima: ela é a literatura que foi escrita por pessoas como nós, para pessoas como nós, nos nossos registros da língua e usando nossas gírias, articulando nossos valores e nossas prioridades, trazendo nossas polêmicas e nossas preocupações.
Mas justamente por isso a literatura contemporânea pode nos deixar condescendentes: nos acomodamos na posição de achar que os textos têm que ser escritos para nós, para nossa maior facilidade e conforto, e não que somos nós que temos que ir em direção ao texto e dar um pouco de nós para entendê-lo.
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Estamos acostumadas a textos que vêm até nós
Carolina Maria de Jesus foi uma das maiores autoras brasileiras do século XX. Por não ter tido muita educação formal, ela escreveu seus textos, absolutamente impactantes, fora da norma culta da língua portuguesa. Quando um jornalista a descobriu e publicou seus diários, houve um esforço de corrigir alguns dos seus “erros de português” para gritantes. Ou seja, o texto de Carolina foi trazido mais para perto do seu público-alvo esperado, leitores de classe alta acostumados a ler literatura na norma culta.
Mas por que não fazer a operação inversa? Ao invés do texto ser adaptado para maior conforto dos leitores, por que não forçar os leitores a saírem de sua zona de conforto e encarar, apreciar, decodificar, o texto nos seus próprios termos?
Afinal, os “erros de português” de Carolina não eram erros: eram elementos de sua biografia inseparáveis de seus textos. Se ela tivesse tido a oportunidade de estudar mais e se não cometesse esses desvios, outra teria sido sua vida e certamente outros teriam sido os textos que escreveria.
Esse tipo de questão raramente se coloca na literatura contemporânea, a não ser no caso de autores subalternizados como Carolina Maria de Jesus. A norma do mercado editorial é justamente que todo texto será adaptado, corrigido, editado até poder ser lido pelo público culto com o máximo de conforto e facilidade.
Ou seja, estamos acostumadas a (salvo exceções) ler textos que vêm até nós.
O que a literatura antiga faz é nos forçar a ir até ela.
(Esse mês, escrevi dois textos sobre Carolina Maria de Jesus na grande imprensa: sobre língua pretuguesa, no Suplemento Pernambuco, e sobre seu romance inédito, na Folha.)
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Ler literatura antiga é um exercício de alteridade radical
Ler textos antigos, realmente antigos, é uma experiência de alteridade radical: foram escritos em outras épocas, em outras línguas, em outras culturas, por pessoas com outras visões de mundo e para pessoas com outras visões do mundo, presumindo um outro tipo de pessoa leitora, que sabia coisas que já não sabemos e que tinha expectativas e prioridades que já não são as nossas.
A literatura antiga é aquela que ativamente nos impede de apenas receber passivamente um texto feito sob medida para nosso conforto. Pelo contrário, são textos que nos obrigam a sair dessa zona de conforto e ir em direção a eles, a encontrá-los no meio do caminho e negociar seus significados, que nos obrigam à operação empática radical de tentar nos colocar no lugar de quem os escreveu e, talvez mais importante, de quem originalmente os recebeu. De que maneira as pessoas a quem texto estava destinado não são eu? O que eu tenho que elas não têm? O que elas tinham que eu não tenho? Fundamentalmente, quem sou eu, e quem são elas?
Enfim, é um exercício de alteridade radical que nos faz questionar nosso lugar e nossa identidade, nossas certezas e nossas premissas.
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Objeção: “a literatura que mais estimula a alteridade é a contemporânea”
A objeção principal a esse texto é a seguinte:
Que é a literatura contemporânea que estimula a alteridade. Que a grande novidade da literatura das últimas décadas é justamente termos enfim acesso a uma multiplicidade real de vozes e de experiências nunca antes ouvidas: livros de indígenas e de pessoas trans, de pessoas autistas e assexuais, etc.
A última grande obra-prima literária brasileira, Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves, escolhe não usar nenhuma das inovações estilísticas do século XX e poderia facilmente ter sido escrita no século XIX: se não foi é porque não teria passado pela cabeça de nenhum escritor oitocentista dedicar um romance de mil páginas à vida de uma mulher preta. Só na nossa época seria possível.
Uma de nossas grandes autoras contemporâneas é Conceição Evaristo, mulher negra. O romance Ponciá Vicêncio é uma obra duríssima sobre a vida das pessoas negras no Brasil de hoje. Para um homem branco contemporâneo, ler essa obra pode bem representar uma transformadora experiência de alteridade radical. Aliás, recomendo esse livro sem reservas.
Mas a verdade é que a distância que separa esse homem branco contemporâneo da experiência de vida de Conceição Evaristo é ínfima comparada à distância que o separa, digamos, da experiência de vida da mística medieval francesa Marguerite Porete, autora de Espelho das almas simples e queimada viva em 1310.
Não estou defendendo não ler ou ler menos Evaristo — por favor, parem tudo e leiam Ponciá Vicêncio. Estou dizendo que ler Porete demanda mais de nós, exige uma operação de alteridade ainda mais radical, nos obriga a sair ainda mais de nossas pequenas e confortáveis identidades.
Conceição Evaristo é uma de nós. Apesar de todas as (imensas!) diferenças individuais de pessoa pra pessoa, vivemos na mesma época, respiramos o mesmo ar, falamos o mesmo registro da mesma língua, assistimos as mesmas novelas, provavelmente votamos no mesmo candidato nas últimas eleições, etc.
Marguerite Porete não é uma de nós. Entre nós e ela, além de todas as diferenças individuais que separam cada uma de nós de Conceição Evaristo, também existem séculos de mudanças linguísticas, culturais, históricas, religiosas.
Nas aulas de história, talvez a coisa mais difícil de comunicar às alunas de hoje é o quão fundamentalmente alienígena é o passado. Uma mulher que morreu em 1310 não era alguém que pensava e sentia como nós, mas somente nasceu em outra época e nunca teve iPhone. Pelo contrário, ela possuía cosmovisão radicalmente diferente, que fazia com que seu relacionamento com os outros, consigo mesma e com a realidade, fosse fundamentalmente distinto do nosso.
A maioria de nós não percebe o quanto somos pautadas, impactadas, determinadas por nossa época e por nossa cultura. De modo bem real, podemos até parecer pessoas bem diferentes umas das outras, mas o zeitgeist de nosso tempo faz com que todas sejamos variações da mesma pessoa.
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Ler literatura antiga fortalece nosso vínculo com o presente
Ler literatura antiga é justamente o que nos salva da condescendência de achar que somos a medida de todas as pessoas de todas as épocas. Ler as palavras de uma pessoa morta há séculos, pela mágica que só a literatura pode nos proporcionar, é mergulhar na subjetividade de um Outro que é muito mais Outro do que qualquer Outro vivo hoje jamais poderia ser.
A alteridade e o “sair de si” necessários para começar a tentar entender uma pessoa medieval não chega perto da alteridade e do “sair de si” necessários para entender uma pessoa contemporâneo, por mais diferente que tenha sido sua experiência pessoal da nossa.
Se lermos apenas literatura contemporânea, o risco é de ficarmos tão acomodadas em nossas certezas que perderemos a noção, ou, pior, nunca nos daremos conta, dessa imensa distância que nos separa das das pessoas mortas há milênios.
Só lendo Porete com carinho, com atenção, de coração aberto, é que podemos nos dar conta de o quão fundamentalmente distante de nós ela é — e, consequentemente, de o quão fundamentalmente próximas nós somos de todas as nossas pessoas contemporâneas.
Eu leio literatura antiga, entre outras coisas, porque ela faz transbordar em mim um profundo sentimento de união e pertencimento com todas as pessoas que calharam em estar vivas comigo na mesma época que eu. Ou, como dizem os budistas, tudo é um.
A maravilhosa Marguerite Porete será a leitura da 13ª aula, Mística, do curso Grande Conversa Medieval. Leremos outras mulheres, como Maria de França (3ª aula, Conto), Heloísa (5ª aula, Amor) e Marion Zimmer Bradley (20ª aula, Artur). Além disso, a 18ª aula, Mulheres, será especificamente sobre a situação feminina da Idade Média e nossa leitura será A cidade das damas, de Cristina de Pisano, a primeira escritora profissional da História.
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Resumindo
Não estou falando que literatura contemporânea é pior que literatura antiga.
Não estou falando que as pessoas devem parar de ler, ou mesmo ler menos, literatura contemporânea.
Estou dizendo que, assim como nos esforçamos para não ler só homens, ou só pessoas brancas, ou só pessoas ocidentais, etc, que também façamos um esforço para não ler só literatura contemporânea.
Ou nos arriscamos a perder uma parte importante da experiência literária, que é esse encontro de alteridade radical com um Outro que é, ao mesmo tempo, totalmente alienígena, mas, também, estranhamente familiar.
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Grande Conversa Medieval: quando as línguas eram jovens e tudo estava em aberto
Meu curso para 2024 será a Grande Conversa Medieval. O curso será somente para mecenas mas, para quem quiser, estou vendendo o curso completo, à vista, no pix, só até 15 de dezembro de 2023.
Um vídeo apresentando o curso
Curso em resumo
Curso de literatura e história, com foco na experiência estética de alteridade radical dos textos medievais, como também nas continuidades e rupturas históricas e literárias com a cultura contemporânea. // Leituras não obrigatórias. 24 aulas, 2h cada, última quarta-feira do mês às 19h, de janeiro de 2024 a dezembro de 2025. Encontros e aulas ao vivo via Zoom; aulas gravadas via Facebook; grupo de discussão no Whatsapp. // R$799 à vista no pix até 15dez23, ou R$88 mensais, no Apoia-se, por todos os meus cursos. (Recomendo fortemente o Apoia-se, pois dá direito a muitas outras recompensas.) Compre agora.
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Grande Conversa Medieval
O curso Grande Conversa Medieval não é apenas para pessoas interessadas em história e cultura medieval, mas para qualquer leitora apaixonada por literatura. Os objetivos mais óbvios do curso são dois:
— Apresentar às pessoas alunas algumas das autoras e obras, conceitos e fatos, mais conhecidos da Idade Média, aquelas que talvez já tenham até ouvido falar mas não saibam bem quem são, de Tristão e Isolda a Abelardo e Heloisa, das Cruzadas ao Graal, de Marco Polo ao Rei Arthur, das Mil e uma noites ao Orlando Furioso, de Chaucer a Petrarca;
— Suprir uma lacuna nas histórias literárias que sempre tratam esse período como um grande buraco escuro entre a Antiguidade e o Renascimento. Como me perguntou uma aluna, “Por que tem tão poucas obras-primas literárias na Idade Média?” Pois o curso é para mostrar que tem muitas.
Mas existe um terceiro objetivo, talvez surpreendente e bem mais importante, que será o nosso foco principal.
A Idade Média europeia foi um dos períodos mais ricos em inventividade linguística e criatividade literária da história do mundo. Quando o latim já estava engessado pela idade e pela obsolescência, e as línguas modernas ainda não estavam engessadas pelas gramáticas e pelas convenções, houve um mágico intervalo de tempo onde todas as possibilidades estavam em aberto, tudo ainda era possível, qualquer experimento literário parecia factível.
Por isso, o grande objetivo do curso será não uma busca pela tradição ou pela essência do Ocidente, como tantas pessoas conservadoras idealizam na Idade Média (Deus me livre, que curso chato seria esse!), mas sim uma busca, a partir de uma perspectiva de esquerda, pelo novo e pelo estranho, pelo inesperado e pelo subversivo.
Hoje, em larga medida, nossos cânones, estilos e gêneros literários mais caretas ainda são aqueles da Antiguidade greco-romana, como foram “recuperados” pelos homens renascentistas que tentavam superar as “trevas” dessa “idade média” que acabavam de inventar.
Por isso, quando nossas vanguardas literárias mais experimentais decidem atacar toda essa caretice institucional, onde mais buscar inspiração que não nessa Idade Média tão rejeitada, tão escondida, tão surpreendente?
Paradoxalmente, portanto, e essa é a premissa no cerne do nosso curso, a literatura medieval hoje é mais subversiva, experimental e, por que não?, inovadora do que as literatura antiga ou moderna, realista ou modernista.
Guerra e paz e Os miseráveis, A montanha mágica e Os maias, Vidas secas e O estrangeiro, Dom Quixote e Dom Casmurro são maravilhosos (amo todos de paixão mesmo!), mas também são diferentes variações do mesmo molde novelesco realista.
Já Cantar do meu Cid não tem nada a ver com nossa ideia de uma poesia épica medieval. Abelardo e Heloísa, Tristão e Isolda, um casal real e outro ficcional, também não correspondem às nossas ideias de como seriam os casos de amor medievais. As sagas islandesas tem o vigor e a frescura da literatura contemporânea. François Villon, bandido e assassino, poderia ser um poeta trash em qualquer grande cidade atual. Tomás de Aquino, concordando ou não com suas premissas, é um verdadeiro professor de como pensar e desenvolver um argumento logicamente. Marco Polo era um mercador prático que descreveu suas viagens como um guia sóbrio para futuros homens de negócios. Alcassino e Nicoleta é único ao ponto de ser um gênero literário composto de uma só obra. As cantigas de amigo que aprendemos na escola são muito mais complexas e picantes do que nos ensinaram. Petrarca só parece lugar-comum porque inventou nosso conceito de “Eu” e passou 700 anos sendo imitado à exaustão. O Orlando Furioso talvez seja o clássico canônico mais puramente divertido de todos. Por fim, até hoje, não existe nada na literatura parecido à Celestina. (O Cid, o Orlando, a Celestina estão entre minhas obras preferidas da vida e quero muito compartilhá-las com vocês.)
Então, se te perguntarem por que está fazendo um curso de literatura medieval (!) em pleno 2024 (!!), responda:
“Pra ler uma literatura tão radicalmente nova que eu nem imaginava que pudesse existir (!!!) e que eu nunca teria encontrado por conta própria sem esse curso.” (!!!!)
Vem comigo?
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Leituras
O curso é livre, de leituras não-obrigatórias. Um dos objetivos do curso é que cada participante crie a sua própria experiência, única e individual, lendo as obras que preferir, de acordo com seus próprios interesses. Caso as participantes já tenham lido as obras principais, ou queiram mergulhar em mais leituras relacionadas, a ementa oferece sugestões de outras obras de apoio, tanto de ficção quanto de não-ficção, que dialogam com as leituras. Todas as leituras principais estão disponíveis em português. Algumas das leituras de apoio podem ser disponíveis somente em outras línguas. Todas as leituras estão disponíveis em PDFs gratuitos: como muitas leituras não estão em catálogo, forneço links para sites onde os PDFs podem ser baixadas. O download fica por conta e risco de cada pessoa. Qualquer coisa, fale comigo no privado. Tentem ler boas edições críticas e comentadas: forneço sugestões abaixo. Façam máximo uso das possibilidades audiovisuais e multimídia: a literatura da Idade Média era em larga medida oral. Então, ouvi-la por meio de audiolivros muitas vezes potencializa o conteúdo. Infelizmente, existem poucos audiolivros em português, mas são muitas as opções para quem entende inglês, francês, italiano, espanhol, alemão. Qualquer coisa, fala comigo.
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Funcionamento
As aulas acontecem na última quarta-feira de cada mês, entre janeiro de 2024 e dezembro de 2025, das 19h às 21h, ao vivo, no aplicativo Zoom. Depois da aula, abrimos para perguntas e comentários, e continuamos no Zoom enquanto houver participantes interessadas. A gravação em vídeo das aulas fica disponível em um grupo fechado do Facebook até, no mínimo, 31 de dezembro de 2030. (É preciso se inscrever no Facebook para ter acesso ao grupo) Ao longo do mês, temos um grupo de Whatsapp onde conversamos sobre as leituras e onde as participantes podem fazer perguntas e tirar dúvidas. (A aula expositiva acaba sendo em larga medida pautada pelas necessidades específicas do grupo.)
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A Grande Conversa
Ao longo dos séculos e dos milênios, sempre que uma pessoa artista ou pensadora, filósofa ou cientista, cria uma nova obra intelectual, ela está ativamente dialogando com todas as suas predecessoras, seja somando ou reagindo, se opondo ou se juntando. Esse diálogo é o que chamamos de a Grande Conversa. Estudá-la não significa concordar com os valores ultrapassados que a moldaram, mas sim adquirir as ferramentas para moldarmos a Grande Conversa do futuro de acordo com nossos próprios valores, em nossos próprios termos.
Esse já é o quinto curso da série A Grande Conversa: os anteriores foram Introdução à Grande Conversa: Um passeio pela história do Ocidente através da literatura (2020), Grande Conversa Brasileira: a ideia de Brasil na literatura (2021), Grande Conversa Fundadora: os clássicos fundacionais das línguas modernas (2022) e Grande Conversa Espanhola: do El Cid ao Dom Quixote, a invenção da literatura moderna (2022-23).
As mecenas do plano CURSOS têm acesso a todos os meus cursos, passados, presentes, futuros. Seja mecenas.
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Professor
Alex Castro é formado em História pela UFRJ com mestrado em Letras-Espanhol por Tulane University (Nova Orleans, EUA), onde também ensinou Literatura e Cultura Brasileira. Tem oito livros publicados, no Brasil e no exterior, entre eles A autobiografia do poeta-escravo (Hedra, 2015), Atenção. (Rocco, 2019) e Mentiras Reunidas (Oficina Raquel, 2023). Escreve sobre literatura para a Folha de S.Paulo, 451, Suplemento Pernambuco e Rascunho. Atualmente, é mestrando do PPGLEN (Programa de Pós-Graduação em Letras Neolatinas), da UFRJ, com uma dissertação sobre literatura medieval espanhola e o Cantar do meu Cid.
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Compre
Opções de pagamento para o curso completo, em 24 aulas:
Até 15 de dezembro de 2023, pague uma vez e seja dona do curso pra sempre:
R$799, preço promocional à vista, para pagamento único, só até 15dez23, no pix eu@alexcastro.com.br. (Envie o comprovante para o email.)
A partir de 16 de dezembro de 2023, pague mensal e tenha acesso ao curso enquanto durarem os pagamentos:
R$88 mensais, via Apoia-se: comprando o plano Mecenas CURSOS, você tem acesso a todos os meus cursos enquanto durar o seu apoio, além de ganhar muitas outras recompensas, como textos e aulas avulsas exclusivas. Como bônus, coloco seu nome na lista das mecenas. Você pode cancelar o seu plano a qualquer momento, mas aí perde acesso aos cursos. (O Apoia-se aceita todos os cartões de crédito e boleto).
Não são vendidas aulas individuais. Não existem outras formas de pagamento. Quem estiver no estrangeiro e não tiver cartão de crédito ou conta bancária brasileira, fale comigo: eu@alexcastro.com.br
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Bolsas
Estão disponíveis 50 bolsas parciais para pessoas negras, pessoas com deficiência, povos originários, recipientes do Bolsa-Família, pessoas alunas ou professoras do ensino público fundamental ou médio, mediante preenchimento de uma ficha. Pessoas alunas da UFRJ também ganham bolsa. Fale comigo pelo email eu@alexcastro.com.br, assunto “Pedido de bolsa”.
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Dúvidas
Dúvidas e questões sobre pagamentos e bolsas, somente por email: eu@alexcastro.com.br
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Curso em resumo
Links levam para a descrição da aula na página oficial do curso.
1 Roma, Cidade de Deus, Agostinho, latim, V
2 Vikings, Beowulf, inglês, VIII
3 Conto, Mil e uma noites, árabe, IX
4 Cruzada, Canção de Rolando, francês, XI
5 Amor, Tristão e Isolda, francês, XII
6 Reconquista, Cantar do meu Cid, espanhol, XII
7 Cavalaria, Perceval, Chrétien, francês, XII
8 Paganismo, Canção dos Nibelungos, alemão, XII
9 Paródia, Alcassino e Nicoleta, francês, XII
10 Graal, Parsifal, Eschenbach, alemão, XII
11 Escolástica, Suma Teológica, Tomás, latim, XIII
12 Cantigas, Cantigas, português, XIII
13 Mística, Espelho das almas simples, Porete, francês, XIII
14 Enciclopédia, Comédia, Dante, italiano, XIV
15 Viagens, Livro das Maravilhas, Polo, italiano, XIV
16 Humanismo, Cancioneiro, Petrarca, italiano, XIV
17 Peregrinação, Contos da Cantuária, Chaucer, inglês, XIV
18 Mulheres, Cidade das Damas, Pisano, francês, XV
19 Goliardos, Poesias, Villon, francês, XV
20 Artur, Morte de Arthur, Malory, inglês, XV
21 Cidade, Celestina, Rojas, espanhol, XV
22 América, Diários, Colombo, espanhol, XV
23 Renascimento, Orlando Furioso, Ariosto, italiano XVI
24 Vernáculo, Diálogo em louvor linguagem, Barros, português, XVI
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