Grande Conversa Fundadora: as obras que inventaram as literaturas modernas
Novo curso, com desconto de lançamento, só hoje
Queridas pessoas,
Estou abrindo as vendas para o meu curso principal de 2022: Grande Conversa Fundadora, as obras que inventaram as línguas literárias modernas
Uma história da literatura ocidental, da Idade Média ao romantismo, através dos grandes clássicos fundadores das línguas modernas: Dante, Rabelais, Camões, Shakespeare, Cervantes, Goethe, Púchkin. 7 aulas mensais, 3ª quarta-feira do mês, 19h, de maio a dezembro de 2022. Aulas ao vivo via Zoom; aulas gravadas no Facebook; grupo de discussão no Whatsapp.
Como promoção de lançamento, o curso está com um desconto especial só no primeiro dia de vendas, até quinta, 10 de março, 23h59min: R$399.
(Depois, na primeira semana de vendas, será vendido por R$449. Por fim, mais tarde, até o começo do curso em 18 de maio, o preço fica R$499. A idéia, sempre, é recompensar quem compra mais cedo.)
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Grande Conversa Fundadora
Na Europa da Idade Média, quando o latim já estava engessado pela idade e pela obsolescência, e as línguas modernas ainda não estavam engessadas pelas gramáticas e pelas convenções, houve um mágico intervalo de tempo onde todas as possibilidades estavam em aberto, tudo ainda era possível, qualquer experimento literário parecia factível.
O primeiro grande artista a fazer uso dessa alucinante liberdade foi o florentino Dante Alighieri (1265-1321), que decide escrever sua ambiciosa comédia não no latim, como seria natural, pois era a língua da cultura e da erudição, mas no dialeto toscano — hoje, graças a Dante, conhecido como “italiano”. (Como teria sido a Divina Comédia em latim? É impossível separar a obra da decisão de escrevê-la no vernáculo.) Com esse gesto revolucionário, Dante não apenas expandia seu horizonte de leitores e ouvintes para além da elite, mas também dava o exemplo para escritores e poetas de toda a Europa: sim, era possível transformar essas novas línguas vernáculas, recém-surgidas e até então consideradas vulgares e toscas, em instrumentos refinados da mais alta poesia.
Nos quinhentos anos seguintes, algumas das principais línguas europeias modernas percorrem o caminho aberto por Dante, se tornam ferramentas literárias de primeira grandeza e, depois de um longo e complexo, tortuoso e interessante, processo histórico, acabam consagrando um homem como seu “pai” ou “fundador”. Cada aula de nosso curso será sobre um desses homens (sim, infelizmente, são todos homens), e, ao mesmo tempo, também será uma breve história da literatura nacional que o canonizou.
Mas, afinal, por que esses e não outros? Por que o espanhol é conhecido como “a língua de Cervantes”? Por que a Alemanha tem o Goethe-Institut; a Espanha, o Instituto Cervantes; e Portugal, o Camões? Por que o crítico Harold Bloom considerava que Shakespeare “inventou o humano”? Por que em uma Rússia onde estavam em atividade escritores do calibre de Gogol e Tchecov, Tolstoi e Dostoeivski, todos eram unânimes em considerar Púchkin “o pai da literatura russa”?
Nascido no século seguinte a Dante, François Rabelais (1483-1553), é o único dentre os nossos autores não unanimemente considerado o “pai” da literatura do seu país. O outro forte candidato a “pai da literatura francesa” seria o dramaturgo Molière, mas ele escreve em um século XVIII quando o francês literário já está consolidado. Rabelais, pelo contrário, ao mesmo tempo padre medieval e médico renascentista, viveu plenamente todas as possibilidades e contradições dessa grande virada no pensamento ocidental e escreveu um livro que ajuda a mostrar todo o potencial literário (e escatológico) da língua francesa e do próprio Renascimento. Um livro tão engraçado e tão tolerante, tão filosófico e tão carnavalesco, só poderia existir nesse instante de ruptura e nunca mais. O cânone tem razões que a própria razão desconhece: Rabelais provavelmente só não é o “pai” convencionado de sua literatura por um excesso de peidos, arrotos e necessidades fisiológicas de modo geral. (Quando Gargantua, o herói da história!, resolve mijar do alto da torre da Catedral de Notre-Dame, ele afoga em sua urina “duzentas e sessenta mil, quatrocentas e dezoito pessoas, sem contar mulheres e crianças”.)
Luís de Camões (c.1524-1580), marginal e mulherengo, brigão e vagabundo, também dificilmente candidato a símbolo pátrio, talvez somente tenha sido canonizado porque seu país acabava de perder a independência e precisava urgentemente de poetas que lhes cantassem as glórias. De fato, Camões foi testemunha e participante da ascensão e queda de Portugal, e ainda viveu para cantá-lo em um grande poema que, embora pareça exaltar a pátria (certamente era visto assim pela ditadura de Salazar), também subverte seus pilares cristãos, imperialistas, conservadores. Afinal, quando o Velho do Restelo critica as expansões marítimas, o calejado veterano caolho Camões está contra ou a favor? Leremos Os Lusíadas e uma seleção de poesias que mostram um outro lado, mais contestador e menos careta, do velho Camões.
William Shakespeare (c.1564-1616) é nosso autor que menos precisa de apresentações. Os elogios unânimes que recebe como “maior escritor de todos os tempos” provavelmente refletem mais a dominância do inglês no mundo contemporâneo do que sua própria inegável qualidade literária: o influente crítico Harold Bloom, por exemplo, escreveu todo um gigantesco tratado para defender que Shakespeare tinha basicamente inventado o conceito de “humano” como o conhecemos hoje. Mas, se Dante, Cervantes e Goethe foram sagrados “gênios nacionais” ainda em vida, a canonização de Shakespeare só se completou no século XIX. O que seus contemporâneos não viam nele que hoje tanto vemos? Como um dramaturgo bem-sucedido do XVII vira o “maior escritor de todos os tempos” do XXI? Pensar Shakespeare é pensar a própria consolidação da literatura inglesa e, depois, sua predominância no cânone ocidental.
Em comparação aos outros autores do curso, até mesmo dos recentes, Miguel de Cervantes (c.1547-1616) é o mais próximo a nós em tudo: em sensibilidade e em tolerância, em humor e em tom. Dom Quixote é considerado o primeiro romance porque ele inventa não só o primeiro protagonista contemporâneo — um homem falho, deslocado de seu mundo — mas também o leitor contemporâneo — que, diante de tamanha polifonia textual, percebe que não pode confiar em nenhum dos muitos narradores. Na primeira parte, Dom Quixote e Sancho Pança passeiam pela Espanha; na segunda parte, não continuação mas espelho, eles se encontram com os leitores da primeira, ampliando sentidos e multiplicando possibilidades. O maior mérito do Dom Quixote na história da literatura é justamente criar o tipo de leitor necessário para ler um livro como Dom Quixote. Hoje, só sabemos como ler Dom Casmurro ou Ulysses porque Cervantes ontem nos ensinou a ler o seu Quixote.
Wolfgang von Goethe (1749–1832) fez sucesso estrondoso ainda jovem, viveu mais de oitenta anos e, durante boa parte deles, foi o intelectual mais famoso e influente de toda a Europa. Último homem realmente renascentista, teve sucesso como poeta e como político, como geólogo e como filósofo — o Fausto reflete e reproduz essa vastidão de interesses. Seu primeiro romance, publicado aos 25, fez tanto sucesso que provocou uma epidemia de suicídios pelo continente, em imitação ao seu protagonista. Em literatura, foi o precursor e impulsionador do Romantismo, o movimento cultural que domina o século XIX, e, mais ainda, inventou o conceito utópico de “literatura mundial“, uma vasta sinfonia polifônica internacional unindo tudo que todas as literaturas nacionais tivessem de melhor: sem a Weltliteratur como articulada por Goethe, cursos como esse não seriam nem concebíveis. Por fim, seu Fausto, escrito ao longo de toda sua vida, é universalmente considerado uma das maiores obras-primas de todos os tempos. O poema busca abraçar o mundo, a experiência humana e todo o conhecimento literário e filosófico, teológico e científico da humanidade até então. Ou seja, é tão amplo e descomunal e ambicioso e genial quanto o homem que se dedicou a escrevê-lo.
Por fim, já em pleno século XIX, imerso no romantismo protagonizado por Goethe, um jovem poeta de uma nação periférica e sem nenhuma tradição literária transforma-se no “pai” de uma literatura cuja riqueza até hoje nos parece inacreditável. (De todos nossos autores, foi o que escreveu sua obra-prima com menos idade.) Alexandre Púchkin (1799–1837) já era famoso como poeta antes mesmo de sair da escola, chegando a ser exilado pelo Tzar por um poema crítico a ele. Vigiado, censurado e perseguido pelas autoridades, adorado pelo público, pelos críticos e pelos colegas, escreveu o “romance em versos” Eugênio Oneguin, nossa leitura, e, pouco depois, fiel a sua vida rebelde e libertina, morreu jovem, em um duelo. Em um contexto histórico onde os russos bem educados se comunicavam entre si somente em francês (como Tolstoi demonstra em Guerra e Paz) é Púchkin o maior responsável por transformar o idioma russo, até então considerado pela elite como “linguajar de servos”, em uma língua literária de primeira grandeza. Não é à toa que seus sucessores geniais, homens que não concordavam em nada, como Gorki e Gogol, Turgeniev e Dostoievski, Tolstoi e Tchecov, concordavam em considerá-lo seu grande mestre. Em 1937, no centenário de sua morte, o mais inesperado de seus grandes fãs, Stálin, fará de tudo para sagrá-lo poeta nacional da União Soviética. De fato, sobre Púchkin estavam todos certos: Eugênio Oneguin é um poema maravilhoso e divertido, engraçado e profundo: o primeiro, e mais perfeito, retrato do playboy superficial que será um personagem recorrente da literatura russa e que ainda pode facilmente ser encontrado no eixo Leblon-Morumbi.
O que todos esses sete autores fazem não é simplesmente escrever literatura em suas línguas, como faria uma autora brasileira de hoje escrevendo em português, mas sim pegar suas jovens línguas, ainda em fluxo, recém-saídas da oralidade, e transformá-las, em um ato de vontade e de talento, em línguas capazes de articular a mais alta literatura. As sete obras que leremos não são talvez as mais centrais, ou as mais importantes, ou até mesmo as melhores, de suas respectivas tradições literárias, mas são as obras que fundam, estabelecem, cristalizam essas tradições.
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A Grande Conversa é leve e engraçada
Nossas leituras — longe de serem chatas ou pesadas, imponentes ou intimidadoras — são quase todas humorísticas. Três delas, Dom Quixote, Eugênio Oneguin e Gargantua e Pantagruel, são fundamentalmente cômicas, leves, engraçadas, hilariantes. Dois autores, Camões e Shakespeare, são capazes de nos fazer rir nas mais diversas situações: se as obras que leremos não são engraçadas em si, ambos estão sempre ironizando, inventando trocadilhos, flertando com o humor. Então, das sete obras do nosso curso, apenas duas são decididamente não-engraçadas, o Fausto, de Goethe, e (ironicamente) a Comédia, de Dante.
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Leituras
O curso é livre, de leituras não-obrigatórias. Um dos objetivos do curso é que cada participante crie a sua própria experiência, única e individual, lendo as obras que preferir, de acordo com seus próprios interesses. Caso as participantes já tenham lido as obras principais, ou queiram mergulhar em mais leituras relacionadas, a ementa oferece sugestões de outras obras de apoio, tanto de ficção quanto de não-ficção, que dialogam com as leituras.
As leituras estão disponíveis em português, em boas traduções: para quem preferir, posso indicar boas traduções também em inglês e espanhol.
Tentem ler boas edições críticas e comentadas: minhas recomendação estão na ementa completa.
Façam máximo uso das possibilidades audiovisuais e multimídia: todas as leituras também estão disponíveis em audiolivros, filmes, séries, teatro, poesia declamada, etc, devidamente indicados e linkados na ementa completa.
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Funcionamento
As aulas acontecem na 3ª quarta-feira de cada mês, entre 18 de maio e 21 de dezembro (com um hiato em setembro), das 19h às 21h, ao vivo, no aplicativo Zoom. Cada aula seguirá ao longo de dois eixos:
Uma discussão literária sobre a obra canônica em questão, escolhida por sua importância histórica e por sua qualidade estética, e também por ser representativa do estilo e das prioridades, das ideias e das ansiedades de sua cultura, de sua época, de seu autor;
Uma explanação histórica sobre o período em que a obra foi escrita com foco nas continuidades culturais e nexos causais entre as épocas abordadas, formando assim uma grande narrativa sequencial da literatura ocidental.
Depois da aula, abrimos para perguntas e comentários, e continuamos no Zoom enquanto houver participantes interessadas.
A gravação em vídeo das aulas fica disponível em um grupo fechado do Facebook até, no mínimo, 31 de dezembro de 2027. (É preciso se inscrever no Facebook para ter acesso ao grupo)
Ao longo do mês, temos um grupo de Whatsapp onde conversamos sobre as leituras e onde as participantes podem fazer perguntas e tirar dúvidas. (A aula expositiva acaba sendo em larga medida pautada pelas necessidades específicas do grupo.)
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A Grande Conversa
Ao longo dos séculos e dos milênios, sempre que uma pessoa artista ou pensadora, filósofa ou cientista, cria uma nova obra intelectual, ela está ativamente dialogando com todas as suas predecessoras, seja somando ou reagindo, se opondo ou se juntando. Esse diálogo é o que chamamos de a Grande Conversa. Estudá-la não significa concordar com os valores ultrapassados que a moldaram, mas sim adquirir as ferramentas para moldarmos a Grande Conversa do futuro de acordo com nossos próprios valores, em nossos próprios termos.
Esse já é o quarto curso da série A Grande Conversa: os anteriores foram Introdução à Grande Conversa: Um passeio pela história do Ocidente através da literatura (2020) e Grande Conversa Brasileira: a ideia de Brasil na literatura (2021), nos mesmos moldes e ainda à venda. O terceiro curso, Grande Conversa Espanhola: do El Cid ao Dom Quixote, a invenção da literatura moderna (2022), corre paralelo a esse e ambos podem ser comprados juntos, com desconto.
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Professor
Alex Castro é formado em História pela UFRJ com mestrado em Letras por Tulane University (Nova Orleans, EUA), onde também ensinou Literatura e Cultura Brasileira. Tem oito livros publicados, no Brasil e no exterior, entre eles A autobiografia do poeta-escravo (Hedra, 2015), Atenção. (Rocco, 2019) e Mentiras Reunidas (Oficina Raquel, 2022).
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Compre
Opções de pagamento para o curso completo, em 7 aulas. Quanto antes você comprar, menos paga. Pix: eu@alexcastro.com.br, envie o comprovante para esse email.
R$549 (19mai em diante, a partir do começo do curso)
R$499 (até 18mai, preço promocional até começo do curso)
R$449 (de11mar a 18mar, preço promocional na 1ª semana de vendas)
R$399 (até 10mar, preço promocional no 1º dia de vendas)
Outras opções de pagamento:
R$799, para as Mecenas: se você pode e se não for fazer falta, faça um pix de um valor um pouco maior e me ajude a oferecer mais bolsas. Como bônus, coloco seu nome na lista das mecenas.
R$550, pelos dois cursos, Grande Conversa Espanhola e Grande Conversa Fundadora, preço promocional à vista, para pagamento único.
Devolução do dinheiro somente até 30 dias após a compra, menos taxa administrativa de R$50. Não são vendidas aulas individuais.
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Exterior
Quem não tem conta bancária ou cartão de crédito brasileiro, pode fazer um pagamento único, na cotação do dia, via cartão de presente ou na Amazon EUA (Amazon gift card) ou na Amazon Espanha (Amazon cheque-regalo) para o email lll.alexcastro@gmail.com. (Só servem essas: não tenho conta em outras Amazon.) Outra opção é Paypal. (Prefiro fortemente a Amazon.)
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Bolsas
Estão disponíveis 50 bolsas parciais para pessoas negras, pessoas com deficiência, povos originários, recipientes do Bolsa-Família, pessoas alunas ou professoras do ensino público fundamental ou médio, mediante preenchimento de uma ficha. Fale comigo pelo email eu@alexcastro.com.br, assunto “Pedido de bolsa”.
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Dúvidas
Dúvidas e questões sobre pagamentos e bolsas, somente por email: eu@alexcastro.com.br
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Aulas em resumo
Links levam para a descrição de cada aula.
1. Italiano: Dante, séc. XIV (18mai22)
2. Francês: Rabelais, séc. XVI (15jun22)
3. Português: Camões, séc. XVI (20jul22)
4. Inglês: Shakespeare, séc. XVII (17ago22)
5. Espanhol: Cervantes, séc. XVII (19out22)
6. Alemão: Goethe, séc. XIX (16nov22)
7. Russo: Púchkin, séc. XIX (21dez22)
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Calendário de aulas 2022/2023
Grande Conversa Espanhola (ESP) & Grande Conversa Fundadora (GC)
Abril 2022
Qua, 6abr: Esp 1 Épica: Cid
Maio 2022
Qua, 4mai: Esp 2 Cordel: Romanceiro
Qua, 18mai: GC 1 Dante Divina Comédia: Inferno
Junho 2022
Qua, 1jun: Esp 3 Cavalaria: Amadis, Cárcere
Qua, 15jun: GC 2 Rabelais Gargantua e Pantagruel, Livros I e II
Julho 2022
Qua, 6jul: Esp 4 Subversão: Celestina
Qua, 20jul: GC 3 Camões, Os Lusíadas, Lírica
Agosto 2022
Qua, 3ago: Esp 5 Conquista: Las Casas
Qua, 17ago: GC 4 Shakespeare Hamlet, Julio Cesar, Otelo, Romeu e Julieta
Setembro 2022
Hiato dos cursos
Outubro 2022
Qua, 5out: Esp 6 Renascimento: Garcilaso
Qua, 19out: GC 5 Cervantes Dom Quixote
Novembro 2022
Qua, 2nov: Esp 7 Malandragem: Lazarilho
Qua, 16nov: GC 6 Goethe Fausto
Dezembro 2022
Qua, 7dez: Esp 8 Mística: João da Cruz
Qua, 21dez: GC 7 Púchkin Eugenio Oneguin
Janeiro 2023
Qua, 11jan: Esp 9 Esculacho: Don Juan
Fevereiro 2023
Qua, 1fev: Esp 10 Barroco: Góngora
Março 2023
Qua, 1mar: Esp 11 Capa-e-espada: Lope
Abril 2023
Qua, 5abr: Esp 12 Teatro: Calderón
Maio 2023
Qua, 3mai: Esp 13 Romance: Dom Quixote I
Junho 2023
Qua, 7jun: Esp 14 Metarromance: Dom Quixote II
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Convencida?
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Dúvidas
Dúvidas e questões sobre pagamentos e bolsas, somente por email: eu@alexcastro.com.br
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Linguagem não-sexista
Em meus textos, para chamar atenção para o sexismo de nossa língua, inverto a norma e uso o feminino como gênero neutro. Não porque troquei um sexismo por outro, mas porque o gênero da palavra “pessoa” é feminino.
Trocar:
“Meus alunos não calam a boca.”
Por:
“Minhas alunas não calam a boca.”
Só mantém o sexismo da língua. Pior: sugere que são apenas as minhas alunas mulheres que não calam a boca.
Por isso, hoje, digo:
“Minhas pessoas alunas não calam a boca.”
Essa tem sido, pra mim, a maneira não-sexista de escrever.
Mais detalhes aqui: Mini manual pessoal para uso não-sexista da língua.
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Vem comigo?
Um beijo do
Alex Castro