O Curso As Prisões, inscrições abertas
O que está em jogo é nossa vida: um curso para nos libertar até mesmo da busca pela liberdade.
É com imenso prazer que anuncio que as inscrições estão abertas para talvez o meu curso mais esperado, certamente o que estou preparando há mais tempo, aquele no qual vou dar tudo de mim: O Curso As Prisões.
A ementa completa está aqui. Nosso primeiro encontro será uma conversa livre sobre a Prisão Verdade no dia 5 de fevereiro.
Quero muito ouvir todas as suas opiniões e perguntas. (Se você receber esse texto por email, é só responder. Se tiver lido na web, deixe um comentário.)
O curso só estará disponível para mecenas dos planos CURSOS ou MIDAS do meu Apoia-se. Se é o seu caso, então você já está dentro. Manda um "oi" pra mim no Whatsapp e eu te coloco no grupo “Curso As Prisões”.
Quem é mecenas dos outros planos, basta fazer um upgrade do seu plano no Apoia-se e se tornar Mecenas CURSOS. (E eu agradeço!)
Abaixo, todos os detalhes.
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O Curso As Prisões
Um curso para nos libertar até mesmo da busca pela liberdade. O que está em jogo é nossa vida.
Curso em resumo
Curso de filosofia prática, com ênfase em liberdade pessoal e consciência política: como viver uma vida mais livre e significativa sem virar o rosto ao sofrimento do mundo. // As Prisões: Verdade, Religião, Classe, Patriotismo, Respeito, Trabalho, Autossuficiência, Monogamia, Liberdade, Felicidade, Empatia // Sem leituras, com muita conversa, debate, polêmica. // Um tema por mês, durante onze meses: uma conversa livre, no 1º domingo, para abrir o mês de conversas sobre o tema, e uma aula, na última quarta-feira, para fechar. De 5 de fevereiro a 27 de dezembro de 2023. // Encontros e aulas ao vivo via Zoom (presenciais para quem estiver no Rio de Janeiro); aulas gravadas via Facebook; grupo de discussão no Whatsapp. // R$88 mensais, no Apoia-se, por todos os meus cursos. Compre agora.
O que são As Prisões
As Prisões são as bolas de ferro mentais e emocionais que arrastamos pela vida: as ideias pré-concebidas, as tradições mal explicadas, os costumes sem sentido: Verdade, Religião, Classe, Patriotismo, Respeito, Trabalho, Autossuficiência, Monogamia, Liberdade, Felicidade, Empatia.
O que chamo de As Prisões são sempre prisões cognitivas: armadilhas mentais que construímos para nós mesmas, mentiras gigantescas que nunca questionamos, escolhas hegemônicas que ofuscam possíveis alternativas.
A Monogamia, por exemplo, é uma prisão não porque seja ruim ou desaconselhável em si, mas porque se apresenta como sendo a única opção concebível de organizar nossos relacionamentos, consignando todas as outras alternativas à imoralidade, à falta de sentimentos, ao fracasso: “relacionamento aberto não funciona, é coisa de quem não ama de verdade”.
A Felicidade é uma prisão não porque seja ruim ou desaconselhável em si, mas porque se apresenta como sendo a única opção de fim último para nossas vidas, consignando todas as outras alternativas à condição de suas coadjuvantes e dependentes: “não é que o seu fim último seja ser virtuosa, mas você quer ser virtuosa para ser feliz, logo o seu fim último é ser feliz”.
Quem está “presa” na Prisão Monogamia não é a pessoa que fez a escolha livre e consciente de viver relacionamentos monogâmicos, mas sim aquela que, por ignorar a opção de não fazer isso, por nunca ter percebido a verdadeira gama de diferentes alternativas que lhe estavam abertas, vive relacionamentos monogâmicos por default, como se essa fosse a única possibilidade concebível. Sua prisão (cognitiva) não é viver a Monogamia, mas ignorar a realidade que existe além dela.
Quem está “presa” na Prisão Felicidade não é a pessoa que fez a escolha livre e consciente de colocar sua própria felicidade individual como fim último de sua vida, mas sim aquela que, por ignorar a opção de não fazer isso, por nunca ter percebido a verdadeira gama de diferentes alternativas que lhe estavam abertas, busca sua própria felicidade por default, como se essa fosse a única possibilidade concebível. Sua prisão (cognitiva) não é buscar a Felicidade, mas ignorar a realidade que existe além dela.
Cada uma das Prisões, da Verdade à Empatia, do Trabalho à Felicidade, é sempre, antes de mais nada, uma prisão cognitiva, uma percepção incompleta da realidade. Por trás de todas as Prisões está sempre a mesma inimiga: a ignorância.
Funcionamento
Como toda Prisão é uma verdade tão inquestionável que nos impede de perceber outras alternativas, nossas aulas começam sempre por analisá-la e desconstruí-la, para entender como nos limitam, e podermos então enxergar as alternativas que ela esconde.
Cada mês será dedicado a uma Prisão.
No 1º domingo do mês, às 19h, damos início às discussões com uma conversa livre no Zoom. Não é uma aula expositiva, mas uma sessão de troca e de escutatória. Sem a interlocução de vocês, sem ouvir como essa prisão afetou as suas vidas, eu não teria nem como começar a pensar a aula. Aqui, tudo é prático, nada é teórico. O que está em jogo são nossas vidas.
Ao longo do mês, continuamos conversando sobre essa Prisão em nosso grupo do Whatsapp, trocando histórias e experiências. Para quem quiser, vou compartilhando as leituras que estou fazendo sobre o tema, mas nenhuma leitura é obrigatória, nem necessária para a compreensão da aula.
Na última quarta-feira do mês, às 19h, fechamos as discussões com uma aula, também pelo Zoom. Essa aula será expositiva, mas também teremos bastante espaço para debates e conversas.
Aulas gravadas indefinidamente
A gravação em vídeo das aulas expositivas fica disponível em um grupo fechado do Facebook. (É preciso se inscrever no Facebook para ter acesso ao grupo) Mas, juridicamente falando, como não posso garantir “indefinidamente”, garanto que as aulas estarão acessíveis às compradoras do curso, se não no Facebook em outro lugar, no mínimo até 31 de dezembro de 2027. As conversas livres, por serem mais pessoais, não ficam gravadas: são só para quem vier ao vivo. As aulas gravadas só estarão disponíveis para as mecenas pagante do plano CURSOS. Você pode cancelar seu plano de mecenato a qualquer momento, mas aí perde acesso aos cursos.
Sem leituras
O Curso As Prisões não é um curso de leituras: nenhuma leitura é obrigatória ou recomendada. É um curso de conversas livres e de trocas de experiências, de escutatória e de debates, de reflexão sobre nossas vidas e sobre como viver.
Para cada Prisão, eu listo uma pequena bibliografia, para que vocês saibam quais livros eu utilizei na preparação da aula e para que possam correr atrás das leituras que mais lhes interessem.
Mas não precisa ler nada para participar das aulas, das conversas, das trocas, das discussões.
Presencial para quem quiser
Nada eletriza, energiza, possibilita mais um professor, um artista, um pregador do que a presença física de suas alunas, de seu público, de sua congregação. Então, para quem mora no Rio de Janeiro, ou estiver aqui de passagem, eu peço, estimulo, convido: venham participar dos encontros presencialmente, na minha casa em Copacabana. Vocês, só de estarem fisicamente presentes, já me ajudam. Então, por favor, venham. Como um favor a mim.
(Só preciso que avisem no mínimo 24 horas antes, para preparar o espaço. Todo mundo de máscara. Não recomendado para quem tenha alergia a cachorro ou livro velho. Máximo de 15 pessoas, por ordem de confirmação.)
Sejam as primeiras leitoras do Livro das Prisões
O Livro das Prisões foi contratado pela Rocco em 2017 e eu ainda não consegui escrever. Um de meus objetivos para esse curso é, com a inestimável ajuda da interlocução de vocês, finalmente terminar o livro. Então, junto com a aula, também pretendo disponibilizar o texto dessa Prisão em sua versão final, já pronta para publicar. Todas as alunas do curso serão citadas nos agradecimentos do livro, pois ele certamente nunca teria sido escrito sem a participação de vocês. Já de antemão, agradeço.
Professor
Alex Castro é formado em História pela UFRJ com mestrado em Letras por Tulane University (Nova Orleans, EUA), onde também ensinou Literatura e Cultura Brasileira. Tem oito livros publicados, no Brasil e no exterior, entre eles A autobiografia do poeta-escravo (Hedra, 2015), Atenção. (Rocco, 2019) e Mentiras Reunidas (Oficina Raquel, 2022). Escreve para a Folha de São Paulo. É irmão ordenado pelo templo zen-budista Eininji, no Rio de Janeiro.
Meus votos zen-budistas
Sou ordenado no zen budismo, pelo templo Eininji, coordenado pelo monge Alcio Braz Eido Soho. Todo dia, pela manhã, refaço meus votos: os quatro votos do Bodisatva e os três votos dos pacificadores zen.
Basicamente, eu me comprometo a ajudar as pessoas a 1) se libertarem, 2) enxergarem as ilusões que as limitam, 3) perceberem a realidade em sua plenitude e, assim, 4) agirem no mundo de acordo com essa percepção. E me proponho a fazer isso a partir de 1) uma posição de não-saber, me abrindo às novas situações sem certezas prévias, 2) estando presente de forma plena a cada interação humana, sem virar o rosto nem à dor nem à alegria, e 3) agindo amorosamente.
Esse curso é minha humilde tentativa de agir no mundo de acordo com meus votos. De ajudar as pessoas, minhas alunas e minhas leitoras, a enxergarem suas prisões, se libertarem delas, perceberem a realidade e agirem amorosamente no mundo, questionando suas certezas e nunca virando o rosto nem à dor nem à alegria das outras pessoas.
Dar esse curso, portanto, é minha prática religiosa. Se eu tiver algum sucesso em caminhar ao lado de vocês nesse percurso, minha vida terá sido uma vida bem vivida, e sou grato por tê-la vivido.
Os Quatro Votos do Bodisatva: As criações são inumeráveis, faço o voto de libertá-las; As ilusões são inexauríveis, faço o voto de transformá-las; A realidade é ilimitada, faço o voto de percebê-la; O caminho do despertar é insuperável, faço o voto de corporificá-lo.
Os três votos da Ordem dos Pacificadores Zen: Praticar o não saber, abrindo mão de certezas prévias; Estar presente na alegria e no sofrimento, não virando o rosto à dor alheia; Agir amorosamente, de acordo com essas duas posturas.
Compre
O Curso das Prisões é exclusivo para as mecenas dos planos CURSOS ou MIDAS do meu Apoia-se.
Para fazer o curso completo (11 aulas expositivas + 11 encontros livres + grupo no Facebook + grupo de Whatsapp):
R$88 mensais, via Apoia-se: comprando o plano Mecenas CURSOS (ou superior), você tem acesso a todos os meus cursos enquanto durar o seu apoio, além de ganhar muitas outras recompensas, como textos e aulas avulsas exclusivas. Como bônus, coloco seu nome na lista das mecenas. Você pode cancelar o seu plano a qualquer momento, mas aí perde acesso aos cursos. (O Apoia-se aceita todos os cartões de crédito e boleto).
Não são vendidas aulas individuais. Não existem outras formas de pagamento. Quem estiver no estrangeiro e não tiver cartão de crédito ou conta bancária brasileira, falei comigo: eu@alexcastro.com.br
Dúvidas
Somente por email: eu@alexcastro.com.br
1. Prisão Verdade
(Conversa livre, 5fev23; aula, 1mar23)
Nossa pretensa certeza sobre o que sabemos é a primeira prisão que nos impede de enxergar todas as possibilidades da vida. O que é a verdade? Ela existe? Como descobri-la? Temos certeza do que sabemos?
Bibliografia utilizada: Livros: Discurso do método, Descartes; Atenção., práticas 8, 9, 10; Links: Prisão Verdade; Prisão Conhecimento.
2. Prisão Religião
(Conversa livre, 5mar23; aula, 29mar23)
A religião, assim como ideologia, são as lentes pelas quais enxergamos o mundo, apreendemos a verdade, decidimos nosso caminho. Dependendo das lentes, entretanto, podemos não estar enxergando muitos caminhos possíveis. Não podemos enxergar o mundo a não ser por essas lentes, mas podemos pelo menos tentar enxergar as lentes.
Bibliografia utilizada: Livros: A estrutura das revoluções científicas, Kuhn; Aparelhos Ideológicos de Estado, Althusser; Budismo sem crenças, Batchelor; “Buddhist social theory?” e “Buddhism and poverty” em The great awakening, Loy; The Market as God, Cox; Links: Prisão Religião, The Market as God.
3. Prisão Classe
(Conversa livre, 2abr23; aula, 26abr23)
Nossa classe social determina nossa visão de mundo, normaliza nossos privilégios e nos impede de enxergar tudo o que vem das classes que consideramos inferiores. Daí, a música do Outro ser “barulho”, a fala do Outro ser “erro de português”.
Bibliografia utilizada: Livros: Teoria da classe ociosa, Veblen; Contrato Racial, Mills; Contrato Sexual, Pateman; Preconceito linguístico, Bagno; Verbal hygiene, Cameron; Atenção., prática 13. Links: Prisão Privilégio; Prisão Preconsseito.
4. Prisão Patriotismo
(Conversa livre, 7mai23; aula, 31mai23)
Se nossa identidade de classe nos aprisiona, nossas identidade tribais, seja nacional, regional, estadual, também. Somos seres gregários, mas como existir coletivamente sem xenofobia contra outros coletivos? O politicamente correto, ao garantir a cada grupo a chance de se autonomear, incentiva o patriotismo dos pequenos, dos derrotados, dos invisibilizados, e ajuda a esvaziar a violência dos grandes patriotismos hegemônicos.
Bibliografia utilizada: Livros: Comunidades Imaginadas, Anderson; “Teses sobre o conceito de história”, Benjamin; “Introdução” em A Formação da Classe Operária Inglesa, Thompson; “Violência Simbólica e Lutas Políticas” em Meditações Pascalianas, Bourdieu; Problemas de gênero, Excitable Speech, Butler; A Tirania da Penitência, Bruckner; Atenção., prática 18; Links: Prisão Patriotismo; Prisão Eu; Politicamente correto, uma defesa.
5. Prisão Respeito
(Conversa livre, 4jun23; aula, 28jun23)
A Autoridade sempre impõe não só o respeito e a obediência como virtudes autoevidentes, mas também um script da vida bem-sucedida. Acreditar nessa narrativa pode nos impedir de enxergar outras possibilidades, outros caminhos, outros scripts. Mas só temos como nos libertar dessa Autoridade quando percebemos que ela não é o Estado, ou nenhuma grande instituição, mas sim nós mesmas, infinitamente vigiando e punindo umas às outras.
Bibliografia utilizada: Livros: Desobediência civil, Thoreau; As virtudes do medo, De Becker; Bartleby, o Escrituário, Melville; História da sexualidade I, Microfísica do poder, Foucault; Atenção., prática 10; Links: Prisão Obediência; Prisão Sucesso; O prêmio por obedecer é ser a mais obediente (inglês, português, quadrinhos, vídeo); Difusão de responsabilidade; A inércia social e a difusão de responsabilidade.
6. Prisão Trabalho
(Conversa livre, 2jul23; aula, 26jul23)
Defender a meritocracia do trabalho, a acumulação de dinheiro, o crescimento econômico ilimitado, não são apenas decisões econômicas, mas também morais, que nos impedem de considerar alternativas de vida mais minimalistas, coletivas, sustentáveis.
Bibliografia utilizada: Livros: A condição operária, Weil; The moral economists, Rogan; In good company, Martin; Dívida: os primeiros 5.000 anos, Graeber; “Tempo livre”, em Indústria cultural e sociedade, Adorno; A miséria da prosperidade, Bruckner; Atenção., prática 15; Links: Prisão Dinheiro; Prisão Trabalho; Nosso futuro por um iPhone; Seu estilo de vida foi projetado, Cain; Commuting; Em nome do amor.
7. Prisão Autossuficiência
(Conversa livre, 6ago23; aula, 30ago23)
Como parte da ideologia capitalista, a sociedade nos vende um ideal de autossuficiência individual que, além de impossível e indesejável, nos impede de enxergar a interdependência de todos os seres. Somos intensamente gregárias: não temos como não nos importar com a opinião das pessoas à nossa volta, não temos como não ser influenciadas e pautadas por elas. Mas temos sim como escolher quem serão essas pessoas que estarão a nossa volta.
Bibliografia utilizada: Livros: The Acquisitive Society, Tawney; Small is Beautiful, Schumacher; Deep economy, McKibben; Beyond growth, Daly; O decrescimento, Georgescu-Roegen; Prosperity without growth, Jackson; The Fanaticism of the Apocalypse, Bruckner; Atenção., prática 15; Link: Prisão Autossuficiência.
8. Prisão Monogamia
(Conversa livre, 3set23; aula, 27set23)
Nada pode ser mais capitalista e individualista do que a família nuclear monogâmica, com pessoas fechadas em grupos cada vez menores, exclusivos, isolados. Falar em não-monogamia é destravar a possibilidade de criarmos novos tipos de relacionamento, inclusive não-sexuais. E não tem como falar de relações românticas ou sexuais, de monogamia ou não monogamia, sem encarar de frente o fato de que, em nossa sociedade misógina, toda relação homem-mulher é sempre assimétrica.
Bibliografia utilizada: Livros: Ética do amor livre, Easton; Sem tesão não há solução, Ame e dê vexame, Freire; O Mito da Monogamia, Barash e Lipton; Contrato Sexual, Pateman; Mulheres invisíveis, Perez; Calibã e a bruxa, Federici; A criação do patriarcado, Lerner; Um teto todo seu, Woolf; Links: Prisão Monogamia; Feminismo para homens, um curso rápido; Toda relação homem-mulher é assimétrica; Iconic ‘Nuclear’ Family Is a Work of Fiction
9. Prisão Liberdade
(Conversa livre, 1out23; aula, 25out23)
A busca pela liberdade também pode ser uma prisão. A chave é lutarmos não pela liberdade de realizar nossos desejos, como uma vela que vai onde o vento sopra, mas sim pela liberdade de podermos escolher novos desejos, como o leme que determina o rumo a seguir. A verdadeira liberdade não é negativa, ou seja, estarmos livres de interferências externas, mas sim positiva: sermos livres para pautarmos nossos próprios atos.
Bibliografia utilizada: Livros: Sobre a liberdade, Mill; There’s no such thing as free speech, Fish; Problemas de gênero, Excitable Speech, Butler; A Ironia da Liberdade de Expressão, Fiss. Liberdade de expressão X Liberdade da imprensa, Lima; Ação cultural para a liberdade e outros escritos, Pedagogia do oprimido, Freire; Atenção., prática 18; Links: Prisão Eu; Elogio à liberdade de expressão; “É preciso universalizar a liberdade de expressão”, defende o professor Venício Lima, Liberdade de expressão x liberdade de imprensa. Entrevista especial com Venício Lima”.
10. Prisão Felicidade
(Conversa livre, 5nov23; aula, 29nov23)
Buscar a liberdade para ser feliz, colocar nossa felicidade pessoal como medida de sucesso, talvez seja a maior de todas as prisões. Perceber que a felicidade não precisa necessariamente ser nosso fim último nos permite destravar os múltiplos potenciais sentidos de nossa própria vida. Se não vivo para ser feliz, vivo para quê?
Bibliografia utilizada: Livros: Sobre a vida feliz, Sêneca; Miseria de la prosperidad, Euforia perpétua, Bruckner; Em busca de sentido, Frankl; My Life with the Saints, Martin; The Happiness Industry, Davies; O mito da felicidade, Hecht; Breve história da felicidade, White; Felicidade, uma história, McMahon; Atenção., prática 18; Links: Prisão Felicidade; Prisão Eu; La Mettrie, filósofo da felicidade individual.
11. Prisão Empatia
(Conversa livre, 3dez23; aula, 27dez23)
Nossa sociedade tem recomendado “maior empatia” como antídoto à nossa busca frenética, autocentrada e individualista por mais felicidade e mais liberdade. Entretanto, empatia, por si só, é um sentimento passivo, um capricho bem-alimentado, que quase sempre permanece dentro de nós mesmas sem maiores impactos no mundo. Se já descobrimos que liberdade é podermos escolher como agir no mundo, e que nosso objetivo último na vida não precisa ser apenas nossa própria felicidade individual, então já estamos prontas para transcender a passividade do sentimento empático e partirmos para uma ação efetivamente altruísta.
Bibliografia utilizada: Livros: Against Empathy, Bloom; Altruism, Ricard; O maior bem que podemos fazer, Singer; A vida pelos outros, MacFarquhar; Atenção.
Convencida?
Dúvidas
Somente por email: eu@alexcastro.com.br
Linguagem não-sexista
Em meus textos, para chamar atenção para o sexismo de nossa língua, inverto a norma e uso o feminino como gênero neutro. Não porque troquei um sexismo por outro, mas porque o gênero da palavra “pessoa” é feminino.
Trocar “meus alunos não calam a boca” por “minhas alunas não calam a boca” só mantém o sexismo da língua. Pior: sugere que são apenas as minhas alunas mulheres que não calam a boca.
Por isso, hoje, digo “minhas pessoas alunas não calam a boca.” Essa tem sido, pra mim, a maneira não-sexista de escrever.
Mais detalhes aqui: Mini manual pessoal para uso não-sexista da língua.
Calendário de aulas e atividades para 2023
1º domingo, 17h: Conversa livre Curso As Prisões
1ª quarta-feira, 19h: Grande Conversa Espanhola (até julho)
2º domingo, 17h: Conversa de boteco com Mecenas
2ª quarta-feira, 19h: Aula avulsa para Mecenas
3º domingo, 17h: Piquenique não-monogamia
Última quarta-feira, 19h: aula Curso As Prisões
Um beijo do Alex Castro