Abaixo a normalidade! Não é normal sermos oprimidas pelo normal.
Só existe um “Outro” que pode ser excluído porque existe uma normalidade intolerante que o define fora dela. (A aula da Prisão Verdade, primeira aula do Curso das Prisões, é HOJE!)
Só existe um “Outro” que pode ser excluído porque existe uma normalidade intolerante que o define fora dela.
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Está começando agora um novo Curso das Prisões
A primeira Prisão no Curso das Prisões é a Verdade. Nossa primeira aula, sobre a Prisão Verdade, acontece hoje, quarta, 21 de agosto, às 19h, e ainda dá tempo de você participar da aula ao vivo.
Os textos das Prisões, que venho escrevendo e reescrevendo, desenvolvendo e corrigindo há 22 anos, talvez sejam a grande obra da minha vida. Agora, em agosto de 2024, vai começar uma nova turma do Curso das Prisões e gostaria muito de ter você lá comigo. Não tem leituras, mas tem muita conversa, debates, reflexões, pensamentos. Na ementa, eu explico o que são As Prisões, uma por uma: Verdade, Religião, Classe, Patriotismo, Respeito, Trabalho, Autossuficiência, Monogamia, Liberdade, Felicidade, Empatia; e também explico detalhadamente como vai ser o curso. Vem comigo?
Abaixo, um texto que tem tudo a ver com o espírito do Curso das Prisões.
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A origem da “normalidade”
A ideia da “normalidade” nos parece tão normal ao ponto de ter sempre existido, mas ela não é tão normal assim.
Na língua inglesa, a palavra “normal” somente passa a ter a acepção de
“constituting, conforming to, not deviating or different from, the common type or standard, regular, usual”
por volta de 1840. Na nossa língua, o dicionário Houaiss registra a data de 1836 e define “normal” como
“conforme a norma, a regra; regular; que é usual, comum; natural; sem defeitos ou problemas físicos ou mentais; cujo comportamento é considerado aceitável e comum (diz-se de pessoa)”.
O conceito de “normal” tem a mesma idade do trem e da fotografia. E, assim como a humanidade viveu muito bem obrigado por milhares de anos sem andar de trem e sem tirar fotos, viveu também sem a ideia da normalidade.
Antes de 1840, “normal” significava “perpendicular”. A partir desse momento, com a ascensão da estatística e da eugenia, “normal” começa a se aproximar do conceito de “média estatística”.
Para isso, o primeiro passo é presumir que uma população humana possa ser normatizada, ou seja, que a maior parte dessa população seria de alguma maneira parte de uma “norma”, que estaria na média ou em torno dessa média. (Em consequência, se existe uma população padrão, na média, normal, então é porque necessariamente existe uma população abaixo do padrão, fora da média, anormal.)
Essa ideia, tristemente óbvia para nós que vivemos oprimidos por ela há um século e meio, não faz muito tempo era radical e revolucionária. E, em breve, deu dois filhotes importantíssimos.
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Eugenia: o racismo científico e institucionalizado
Em primeiro lugar, a eugenia social e sua principal ferramenta prática, a antropometria.
Sem a noção de normalidade estatística, não faria sentido mensurar antropometricamente todo o corpo humano em busca das dimensões ideais, do nariz perfeito, do crânio mais simétrico.
A partir do momento em que se determina quais são as dimensões ideais no nariz humano mais perfeito, quanto mais um indivíduo ou grupo étnico se afasta desse ideal, mais involuído, imperfeito e anormal ele é.
Naturalmente, essas medições não eram neutras. Os cientistas brancos europeus naturalmente concluiram que as suas medidas eram as medidas do homem ideal e que as medidas dos homens que eles já oprimiam e exploravam nos trópicos eram as medidas dos homens involuídos que precisavam ser tutelados.
Antes de ser levada às últimas consequências pelos nazistas e então descreditada, a eugenia passou cem anos sendo amplamente aceita no ocidente como uma ciência inócua e neutra.
Por exemplo, em “O Carbúnculo Azul“, Sherlock Holmes deduz que uma pessoa é intelectual somente pelo tamanho do seu crânio. Aqui, no Brasil do século XIX, fazíamos cálculos complexos de quantos imigrantes europeus teríamos que receber por ano para nos tornarmos um país branco até 1950 ou até o ano 2000.
Pouco depois, porém, os nazistas começaram a decidir quem era homem-superior e quem era escória-humana-pra-ser-exterminada com base nessas teorias, com base em quem tinha o nariz assim e o lóbulo da orelha assado.
Aí acabou a graça.
(Sobre eugenia, leia: “Eugenia, a biologia como farsa“.)
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Psicanálise freudiana e a busca pela fugidia sexualidade normal
Como pensar o século XX sem a psicanálise freudiana e a ideia de que existe um desenvolvimento psicossexual normal do ser humano? Não vou repisar aqui o terreno já bem carpinado por Foucault: o conceito de normalidade em psicanálise é uma das forças mais opressoras da humanidade em todos os tempos.
Pensem comigo: é relativamente fácil determinar qual é o funcionamento normal, ou seja, correto, adequado, de acordo com os parâmetros, de um rim ou de um coração e, consequentemente, saber quando um rim não está funcionando direito e precisa ser consertado, retificado, normalizado.
Mas como determinar o que é um estado mental normal? O que é uma sexualidade normal?
O que é um comportamento social normal?
(Sobre psicanálise e normalidade, gosto muito, muito mesmo, desse artigo: A patologização da normalidade. É verdade que, no fim da vida, Freud começou a fugir desse conceito de normalidade, como explicado em O normal e o patológico em Freud.)
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O normal daqui não é o normal dali
Se uma mulher leva um esporro do chefe e chora no meio do escritório, isso é visto como relativamente normal; afinal, mulheres são mais emotivas, mais sensíveis, blá blá. Se um funcionário homem chora depois da reprimenda, isso é muito mais grave, indica um distúrbio psicológico muito mais sério, essa pessoa está completamente sem controle emocional; afinal, homem não chora, blá blá.
Se um pai e um filho falam aos berros sempre no meio da rua, eles são uma família normal em Havana, onde todo mundo fala gritando pela rua, mas são elementos psicologicamente instáveis e perturbadores da ordem pública em Zurique, onde estão a um passo de ser forçosamente internados num hospícios pelos vizinhos.
Um homem branco que não consegue tolerar a ideia de usar um banheiro que foi usado por um negro é um cidadão normal na Atlanta de 1850 (aliás, na de 1950 também), mas tem uma patologia grave na Atlanta do ano 2000.
Ou seja, ao contrário do rim e do coração, nossos parâmetros de comportamento normal não podem ser separados de nossos preconceitos socialmente construídos, e que dependem do lugar e da época onde vivemos.
Chorar no escritório só nos parece mais grave e mais preocupante quando é um homem justamente por causa de nossas ideias pré-concebidas de como homens e mulheres devem se comportar no ambiente de trabalho.
Do mesmo modo, o comportamento normal em Havana é anormal em Zurique e, mais ainda, um comportamento sexual perfeitamente normal em 2012 poderia te levar preso em 1960, ou queimado em 1660.
Então, se o conceito de normal muda tanto, seja no tempo e no espaço, de um gênero para outro, de uma nacionalidade para outra, faz mesmo sentido falar em “normalidade”? Isso existe?
A normalidade serve pra alguma coisa?
(Um texto excelente sobre distúrbios psicológicos e conflitos culturais: “Do some cultures have their own ways of going mad?”)
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Os gays, esses anormais
Para não ir muito longe, durante décadas a ciência classificou a homossexualidade como uma perversão, uma doença, um distúrbio, uma condição anormal. Afinal, se o normal é homem gostar de mulher, então um homem que gosta de homem é anormal e o que é anormal tem que ser normatizado.
Foi só em 1973 que a Associação Americana de Psiquiatria retirou a homossexualidade do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM). No Brasil, o Conselho Federal de Psicologia fez o mesmo somente em 1985, e apenas em 1999 afirmou categoricamente que
“a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão”
e que os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e/ou cura da homossexualidade.
Enquanto isso, no ato em si, tudo permaneceu igual. Os gays hoje não enfiam pau no cu uns dos outros de maneira mais psicologicamente sadia e menos pervertida do que em 1960.
Foram só os tempos que mudaram. Ainda bem.
(Sobre a “anormalidade” dos gays, leia “Poder, anormalidade e homossexualidade: Aportes de Kinsey e Foucault“)
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A normalidade é tentadora, mas mortal
A ideia de normalidade nos parece muito natural, muito sedutora, muito “normal”. Várias vezes por dia, defendemos alguma coisa dizendo que “isso é que é o normal” ou criticamos algo dizendo que “isso não é normal”. Mas raramente pensamos como essa ideia é insidiosa, perversa, excludente, opressora, tirânica.
Afinal, todos também temos nosso lado anormal. Aquele lado que não podemos falar em voz alta. Que nos envergonha. Mas… E daí? Ser anormal é errado por definição?
Se quase todos os homens têm tesão em mulher mas alguns poucos homens têm tesão em homens, e daí? Por que isso seria errado somente por não ser “normal”? Por que não encarar com naturalidade nossas diferenças ao invés de tentar forçosamente enfiar o grosso da espécie humana em um entendimento estreito de normalidade que, por definição, exclui outros tantos infelizes? Quem gosta de uma coisa que pouca gente gosta é errado, estranho, anormal só por estar em minoria?
Poucas coisas são mais nocivas e perversas do que essa nossa ideia de “normal”. Quanto antes nos livrarmos dela, melhor.
Não pode ser normal vivermos assim oprimidos pelo normal.
(Muitas das observações acima são paráfrases do livro Enforcing Normalcy: Disability, Deafness, and the Body, de Lennard J. Davis, a partir de trechos selecionados pelo Fernando Serboncini.)
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O Curso das Prisões
Todo primeiro domingo do mês, às 17h, teremos uma conversa livre no Zoom, que não ficará gravada, para darmos o pontapé inicial nas discussões sobre a Prisão do mês. É um espaço mais íntimo, para trocarmos, compartilharmos, ouvirmos experiências sobre como essa Prisão específica afeta nossas vidas.
Depois, ao longo do mês, continuamos as conversas, trocando links e textos, no grupo de Whatsapp. Não tem leituras: é papo e pensamento.
Por fim, na terceira quarta-feira do mês, também às 19h, eu dou uma aula tentando juntar todas as minhas leituras, responder às principais dúvidas e questões de vocês, amarrar a teoria com a prática. Essas aulas acontecem ao vivo no Zoom e depois ficam disponíveis indefinidamente em um grupo privado no Facebook. (A primeira aula acontece na quarta, 21 de agosto, sobre a Prisão Verdade.)
O curso, como tudo que eu faço, será exclusivo para mecenas do plano CURSOS, que custa R$88 por mês e dá acesso não só a textos exclusivos e descontos em todos os meus livros e eventos, mas também a todos os meus cursos, passados, presentes, futuros, enquanto durar o seu apoio.
Para saber mais, confira a ementa completa, ou compre agora. :)
Abaixo, tem mais detalhes.
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O Curso das Prisões
Um curso para nos libertar até mesmo da busca pela liberdade. O que está em jogo é nossa vida.
As inscrições para a nova turma (2024/25) já estão abertas, até 15 de agosto. As aulas começam no dia 21 de agosto, HOJE!
Curso em resumo
Curso de filosofia prática, com ênfase em liberdade pessoal e consciência política: como viver uma vida mais livre e significativa sem virar o rosto ao sofrimento do mundo. // As Prisões: Verdade, Religião, Classe, Patriotismo, Respeito, Trabalho, Autossuficiência, Monogamia, Liberdade, Felicidade, Empatia // Sem leituras, com muita conversa, debate, polêmica. // Um tema por mês, durante onze meses: uma conversa livre, no 1º domingo, e uma aula, na 3ª quarta-feira. // Encontros e aulas ao vivo via Zoom; aulas gravadas via Facebook; grupo de discussão no Whatsapp. // R$88 mensais, no Apoia-se, por todos os meus cursos. Compre agora.
O que são As Prisões
As Prisões são as bolas de ferro mentais e emocionais que arrastamos pela vida: as ideias pré-concebidas, as tradições mal explicadas, os costumes sem sentido: Verdade, Religião, Classe, Patriotismo, Respeito, Trabalho, Autossuficiência, Monogamia, Liberdade, Felicidade, Empatia.
O que chamo de As Prisões são sempre prisões cognitivas: armadilhas mentais que construímos para nós mesmas, mentiras gigantescas que nunca questionamos, escolhas hegemônicas que ofuscam possíveis alternativas.
A Monogamia, por exemplo, é uma prisão não porque seja ruim ou desaconselhável em si, mas porque se apresenta como sendo a única opção concebível de organizar nossos relacionamentos, consignando todas as outras alternativas à imoralidade, à falta de sentimentos, ao fracasso: “relacionamento aberto não funciona, é coisa de quem não ama de verdade”.
A Felicidade é uma prisão não porque seja ruim ou desaconselhável em si, mas porque se apresenta como sendo a única opção de fim último para nossas vidas, consignando todas as outras alternativas à condição de suas coadjuvantes e dependentes: “não é que o seu fim último seja ser virtuosa, mas você quer ser virtuosa para ser feliz, logo o seu fim último é ser feliz”.
Quem está “presa” na Prisão Monogamia não é a pessoa que fez a escolha livre e consciente de viver relacionamentos monogâmicos, mas sim aquela que, por ignorar a opção de não fazer isso, por nunca ter percebido a verdadeira gama de diferentes alternativas que lhe estavam abertas, vive relacionamentos monogâmicos por default, como se essa fosse a única possibilidade concebível. Sua prisão (cognitiva) não é viver a Monogamia, mas ignorar a realidade que existe além dela.
Quem está “presa” na Prisão Felicidade não é a pessoa que fez a escolha livre e consciente de colocar sua própria felicidade individual como fim último de sua vida, mas sim aquela que, por ignorar a opção de não fazer isso, por nunca ter percebido a verdadeira gama de diferentes alternativas que lhe estavam abertas, busca sua própria felicidade por default, como se essa fosse a única possibilidade concebível. Sua prisão (cognitiva) não é buscar a Felicidade, mas ignorar a realidade que existe além dela.
Cada uma das Prisões, da Verdade à Empatia, do Trabalho à Felicidade, é sempre, antes de mais nada, uma prisão cognitiva, uma percepção incompleta da realidade. Por trás de todas as Prisões está sempre a mesma inimiga: a ignorância.
Funcionamento
Como toda Prisão é uma verdade tão inquestionável que nos impede de perceber outras alternativas, nossas aulas começam sempre por analisá-la e desconstruí-la, para entender como nos limitam, e podermos então enxergar as alternativas que ela esconde.
Cada mês será dedicado a uma Prisão.
No 1º domingo do mês, às 17h, damos início às discussões com uma conversa livre no Zoom. Não é uma aula expositiva, mas uma sessão de troca e de escutatória. Sem a interlocução de vocês, sem ouvir como essa prisão afetou as suas vidas, eu não teria nem como começar a pensar a aula. Aqui, tudo é prático, nada é teórico. O que está em jogo são nossas vidas.
Ao longo do mês, continuamos conversando sobre essa Prisão em nosso grupo do Whatsapp, trocando histórias e experiências. Para quem quiser, vou compartilhando as leituras que estou fazendo sobre o tema, mas nenhuma leitura é obrigatória, nem necessária para a compreensão da aula.
Na terceira quarta-feira do mês, às 19h, fechamos as discussões com uma aula, também pelo Zoom. Essa aula será expositiva, mas também teremos bastante espaço para debates e conversas.
Aulas gravadas indefinidamente
A gravação em vídeo das aulas expositivas fica disponível em um grupo fechado do Facebook. (É preciso se inscrever no Facebook para ter acesso ao grupo) Mas, juridicamente falando, como não posso garantir “indefinidamente”, garanto que as aulas estarão acessíveis às compradoras do curso, se não no Facebook em outro lugar, no mínimo até 31 de dezembro de 2027. As conversas livres, por serem mais pessoais, não ficam gravadas: são só para quem vier ao vivo. As aulas gravadas só estarão disponíveis para as mecenas do plano CURSOS enquanto durar o apoio. Você pode cancelar seu plano de mecenato a qualquer momento, mas aí perde acesso aos cursos.
Sem leituras
O Curso As Prisões não é um curso de leituras: nenhuma leitura é obrigatória ou recomendada. É um curso de conversas livres e de trocas de experiências, de escutatória e de debates, de reflexão sobre nossas vidas e sobre como viver.
Para cada Prisão, eu listo uma pequena bibliografia, para que vocês saibam quais livros eu utilizei na preparação da aula e para que possam correr atrás das leituras que mais lhes interessem.
Mas não precisa ler nada para participar das aulas, das conversas, das trocas, das discussões.
Sejam as primeiras leitoras do Livro das Prisões
O Livro das Prisões foi contratado pela Rocco em 2017 e eu ainda não consegui escrever. Um de meus objetivos para esse curso é, com a inestimável ajuda da interlocução de vocês, finalmente terminar o livro. Então, junto com a aula, também pretendo disponibilizar o texto dessa Prisão em sua versão final, já pronta para publicar. Todas as alunas do curso serão citadas nos agradecimentos do livro, pois ele certamente nunca teria sido escrito sem a participação de vocês. Já de antemão, agradeço.
Professor
Alex Castro é formado em História pela UFRJ com mestrado em Letras-Espanhol por Tulane University (Nova Orleans, EUA), onde também ensinou Literatura e Cultura Brasileira. Tem oito livros publicados, no Brasil e no exterior, entre eles A autobiografia do poeta-escravo (Hedra, 2015), Atenção. (Rocco, 2019) e Mentiras Reunidas (Oficina Raquel, 2023). Escreve sobre literatura para a Folha de S.Paulo, 451, Suplemento Pernambuco e Rascunho. Atualmente, é mestrando do PPGLEN (Programa de Pós-Graduação em Letras Neolatinas), da UFRJ.
Meus votos zen-budistas
Pratico zen budismo há dez anos. Todo dia, pela manhã, refaço meus votos: os quatro votos do Bodisatva e os três votos dos pacificadores zen.
Basicamente, eu me comprometo a ajudar as pessoas a 1) se libertarem, 2) enxergarem as ilusões que as limitam, 3) perceberem a realidade em sua plenitude e, assim, 4) agirem no mundo de acordo com essa percepção. E me proponho a fazer isso a partir de 1) uma posição de não-saber, me abrindo às novas situações sem certezas prévias, 2) estando presente de forma plena a cada interação humana, sem virar o rosto nem à dor nem à alegria, e 3) agindo amorosamente.
Esse curso é minha humilde tentativa de agir no mundo de acordo com meus votos. De ajudar as pessoas, minhas alunas e minhas leitoras, a enxergarem suas prisões, se libertarem delas, perceberem a realidade e agirem amorosamente no mundo, questionando suas certezas e nunca virando o rosto nem à dor nem à alegria das outras pessoas.
Dar esse curso, portanto, é minha prática religiosa. Se eu tiver algum sucesso em caminhar ao lado de vocês nesse percurso, minha vida terá sido uma vida bem vivida, e sou grato por tê-la vivido.
Os Quatro Votos do Bodisatva: As criações são inumeráveis, faço o voto de libertá-las; As ilusões são inexauríveis, faço o voto de transformá-las; A realidade é ilimitada, faço o voto de percebê-la; O caminho do despertar é insuperável, faço o voto de corporificá-lo.
Os três votos da Ordem dos Pacificadores Zen: Praticar o não saber, abrindo mão de certezas prévias; Estar presente na alegria e no sofrimento, não virando o rosto à dor alheia; Agir amorosamente, de acordo com essas duas posturas.
Compre
O Curso das Prisões é exclusivo para as mecenas dos planos CURSOS ou MIDAS do meu Apoia-se.
Para fazer o curso completo (11 aulas expositivas + 11 encontros livres + grupo no Facebook + grupo de Whatsapp):
R$88 mensais, via Apoia-se: comprando o plano Mecenas CURSOS (ou superior), você tem acesso a todos os meus cursos enquanto durar o seu apoio, além de ganhar muitas outras recompensas, como textos e aulas avulsas exclusivas. Como bônus, coloco seu nome na lista das mecenas. Você pode cancelar o seu plano a qualquer momento, mas aí perde acesso aos cursos. (O Apoia-se aceita todos os cartões de crédito e boleto).
Não são vendidas aulas individuais. Não existem outras formas de pagamento. Quem estiver no estrangeiro e não tiver cartão de crédito ou conta bancária brasileira, fale comigo: eu@alexcastro.com.br
Dúvidas
Somente por email: eu@alexcastro.com.br
Aulas em resumo
Links levam para a descrição da aula nessa página.
Verdade (agosto 24)
Religião (setembro 24)
Classe (outubro 24)
Patriotismo (novembro 24)
Respeito (dezembro 24)
Trabalho (fevereiro 25)
Autossuficiência (março 25)
Monogamia (abril 25)
Liberdade (maio 25)
Felicidade (junho 25)
Empatia (julho 25)
Convencida?
Dúvidas
Somente por email: eu@alexcastro.com.br
Linguagem não-sexista
Em meus textos, para chamar atenção para o sexismo de nossa língua, inverto a norma e uso o feminino como gênero neutro. Não porque troquei um sexismo por outro, mas porque o gênero da palavra “pessoa” é feminino.
Trocar “meus alunos não calam a boca” por “minhas alunas não calam a boca” só mantém o sexismo da língua. Pior: sugere que são apenas as minhas alunas mulheres que não calam a boca.
Por isso, hoje, digo “minhas pessoas alunas não calam a boca.” Essa tem sido, pra mim, a maneira não-sexista de escrever.
Mais detalhes aqui: Mini manual pessoal para uso não-sexista da língua.
Calendário de aulas e atividades para 2024
1º domingo, 17h: Conversa livre Curso As Prisões (a partir de agosto)
2ª quarta-feira, 19h: Aula avulsa para Mecenas
3ª quarta-feira, 19h: aula Curso As Prisões (a partir de agosto)
Último domingo, 17h: Piquenique não-monogamia
Última quarta-feira, 19h: aula Grande Conversa Medieval